20 de setembro, de 2007 | 00:00

Justiça manda fechar ferro-velho

Dono terá de se adequar a normas da Secretaria de Meio Ambiente

Fotos: Wôlmer Ezequiel


A Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente alega que o ferro-velho não possui estrutura adequada para armazenamento do material coletado
FABRICIANO - Na tarde de ontem, as atividades da Sucafer Reciclagem foram interrompidas em cumprimento a um mandado expedido pela Justiça. A determinação proíbe o funcionamento da empresa enquanto ela não se adequar às condições exigidas pela Prefeitura de Coronel Fabriciano. O cumprimento da ordem judicial foi acompanhado por oficiais da Justiça e fiscais da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente. Em caso de descumprimento da ordem por parte do proprietário da Sucafer, Antônio Lizardo Felício, o local será permanentemente proibido de funcionar. Conforme Walter Luzia da Costa, fiscal da Secretaria de Planejamento, a firma localizada no bairro Giovanini, além de não possuir licença da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), não tinha alvará de funcionamento, dentre outras irregularidades.Segundo o dono do ferro-velho, a PMCF, desde 2003, já havia apresentado uma série de exigências, e que teriam sido atendidas pela Sucafer. “Pediram que nós construíssemos um muro de quatro metros cercando o local, e que o galpão de armazenamento dos materiais coletados fosse coberto. Essas solicitações foram atendidas, mas mesmo assim insistem em interromper o nosso trabalho”, queixa-se Antônio Felício, informando que somente na construção do muro teve de gastar R$ 150 mil, a fim de proteger uma área de 2.600 metros quadrados. Felício também explica que emprega oito funcionários e beneficia 200 catadores indiretamente.

Antônio Felício mostra a notificação judicial que determina a paralisação das atividades da Sucafer
“Sem esse trabalho, o que os meus funcionários e toda essa gente irá fazer da vida? Nós estamos tentando obter o alvará há vários anos e, até hoje, ele não foi liberado pela PMCF”, afirma o proprietário. Segundo ele, a Sucafer existe há 27 anos e recolhe, mensalmente, de 80 a 100 toneladas de recicláveis. Riscos diversosConforme Walter da Costa, a estrutura atual da Sucafer é comprometedora sob o ponto de vista ambiental. “Do jeito que está, oferece riscos diversos. O galpão é coberto, mas não possui o tamanho ideal para o volume de material coletado. Assim, boa parte do material fica a descoberto. Conseqüentemente, essa situação pode gerar focos para a proliferação de mosquitos da dengue e animais peçonhentos. O proprietário da empresa ainda pode contornar essa situação e obedecer às determinações da Justiça para evitar o fechamento da empresa”, finaliza Walter da Costa, fiscal da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente.
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