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06 de setembro, de 2007 | 00:00

Prestações a perder de vista

Caixa inicia financiamento com 30 anos para pagar casa própria

Wôlmer Ezequiel


Sonho da casa própria: 360 meses para pagar e preço final mais elevado
IPATINGA - A Caixa Econômica Federal já financia a compra de imóveis em até 30 anos, ou seja, 360 meses, pela Carta Crédito FGTS ou pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com recursos da caderneta de poupança. A ampliação em 10 anos do financiamento abre a possibilidade para que um maior número de pessoas possa adquirir sua casa própria. As prestações mensais podem ficar 17% mais baratas, embora o valor total pago no final seja maior.  A depender do preço do imóvel e da forma de pagamento das prestações, os juros variam de 8,16% a 13% ao ano. Os imóveis avaliados entre R$ 130 mil e R$ 200 mil foram os únicos a ter uma redução de juros. Com pagamento por meio de carnê, caíram de 12% para 11%. Já com a parcela com débito em conta corrente ou na folha de pagamento, os juros foram reduzidos de 11,5% para 10,5% ao ano. Mas o alongamento do financiamento do crédito imobiliário está longe de atender aos milhões de brasileiros que sonham com a casa própria. Comunicado divulgado pela Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH) alerta que a aparente redução é enganosa, porque o alongamento do prazo aumenta o preço final em 19%. O dirigente da ABMH e presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), Geraldo Tardin, afirma que quem pretende comprar imóvel residencial deve ter em mente que todo aumento no prazo de financiamento - qualquer que seja ele - embute juros maiores e correção nas parcelas. Segundo cálculos da ABMH, se a taxa equivale a 1% ao mês, em média, vai chegar ao final do financiamento de 240 meses, como é hoje, em 240%. Na operação de crédito de 360 meses, em vigor desde ontem, a taxa chegará a 360%. A Associação de Mutuários recomenda que a única saída é amortizar a dívida do financiamento habitacional no menor prazo possível. O material da ABMH apresenta uma observação crítica sobre o financiamento imobiliário no Brasil. “Falta política de acesso à habitação; o que existe é oferta de dinheiro, a juros excessivos”, alerta a entidade.Corretor alerta sobre valor final do imóvelCom 11 anos de experiência no mercado imobiliário em Ipatinga, o corretor Ivan Tallim acredita que o alongamento do prazo de pagamento das prestações permite o atendimento de um número maior de interessados na casa própria. Tallim confirma que é grande a procura pelo financiamento habitacional. “Quase todos os dias recebemos pessoas interessadas em encontrar um imóvel para financiar”, comentou.O corretor concorda com a Associação de Mutuários, ao afirmar que o interessado precisa ficar atento para as condições de alongamento do prazo, que facilita a compra, mas ao mesmo tempo aumenta o valor final da compra em função da taxa de juros. Ainda segundo Ivan Tallim, outra grande dificuldade na hora de fechar o financiamento imobiliário é a questão da documentação. “Em Ipatinga, os imóveis mais antigos têm deficiência em relação à documentação. Os mais novos até têm documento, mas por descuido, a ‘papelada’ sempre fica por último quando o imóvel está sendo construído”, explicou.Para o corretor, se os investidores seguissem os procedimentos desde o começo da obra, haveria mais facilidade e menos atraso na liberação do financiamento. “Os imóveis precisam ser atualizados nos cartórios. Quando a documentação cartorial fica pronta, significa que todos as demais pendências já foram resolvidas. O habite-se, expedido pelo município, e a certidão negativa do INSS são os principais documentos exigidos”, concluiu o corretor.Alex Ferreira
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