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05 de setembro, de 2007 | 00:00

Adesão à Copasa divide população

Forquilha à espera de solução para tratamento e distribuição de água

Arquivo


Moradores vão decidir se continuam com sistema informal e gratuito ou se aderem ao serviço da Copasa
IPATINGA - Reunir crianças da Escola Municipal Evaldo Fontes e discutir questões ligadas ao meio ambiente foram os meios que a Associação dos Moradores do Bairro Forquilha encontrou para mostrar a sua indignação com a atual situação de captação, tratamento e distribuição de água. Nessa mobilização, o presidente Márcio Vieira, alunos e professores da rede pública fizeram caminhada ecológica e conheceram a nascente e o reservatório de água do bairro, responsável por armazenar o líquido consumido pela população.Conforme o presidente da associação, a comunidade está unida em torno de um projeto para discutir o sistema de água no bairro, especialmente a filtração, cloração e tratamento. “A água hoje não passa por nenhum desses processos e necessitamos de pouco investimento público para sanar grande parte dos problemas. Desenvolvemos um projeto de conscientização com todos os membros da comunidade e ficou muito claro que não queremos a presença da Copasa aqui no bairro”, garante Vieira.A Companhia de Abastecimento e Saneamento de Minas Gerais (Copasa) não opera no bairro, mas, uma vez terminada a construção da rede de esgoto, será responsável por toda a interceptação e esgotamento no Forquilha. No município, após a ativação desse serviço, a Copasa cobra uma taxa de 60% do valor da tarifa de água. No entanto, como a companhia de saneamento não opera no bairro e os moradores não pagam nenhuma taxa, não se sabe o que será feito no Forquilha.A reportagem do DIÁRIO DO AÇO conversou com alguns moradores, que se mostraram temerosos em relação ao novo serviço. “Não sei se é melhor continuar com o sistema tradicional de distribuição ou se aceitamos novas condições. Ao que parece, a Prefeitura só vai mexer aqui quando a Copasa estiver operando no bairro”, acredita um morador.Livre arbítrioA Copasa, segundo o gerente regional, Franklin Mendonça, realizou uma pesquisa no Forquilha para saber se os moradores tinham  interesse no serviço da companhia. “Não tivemos uma adesão satisfatória, exatamente devido a essa captação de água que é feita da nascente. A Copasa não obriga ninguém a contratar serviços. Por outro lado, se houver algum problema na distribuição de água no bairro, não é de nossa responsabilidade”, ressalta Mendonça.Consumo gratuito incentiva o abusoA situação no bairro Forquilha pode evoluir para a cobrança de taxa. Com o atual sistema de distribuição, em que a água é captada no alto de um reservatório e distribuída pelas casas, não há cobrança de taxas. Caso a Copasa entre no bairro, os moradores terão de enfiar a mão no bolso. A diferença do segundo para o primeiro sistema é que acabaria um problema cotidiano no bairro, que é a falta de água durante o dia nas casas mais distantes da caixa d’água.A água consumida pelos moradores vem de uma nascente, situada em área de preservação ambiental que conta ainda com duas barragens, de onde a água é canalizada e bombeada para um grande reservatório. Dali, o líquido vai para as casas. “Pedimos um reservatório de 70 mil litros para melhorar a captação e distribuição de água”, explica Márcio Vieira, presidente da associação.Segundo ele, a situação irregular de distribuição de água no bairro traz alguns problemas para a população, principalmente quando se registra um aumento do consumo, o que é mais comum no período de calor. “Como o consumo é gratuito, algumas pessoas sem consciência aumentam a capacidade dos seus reservatórios, gastando acima do necessário, sem se importar com as pessoas que possuem apenas uma pequena caixa d’água ou moram em regiões mais altas. Antes que seja tomada uma medida definitiva, é preciso que as pessoas saibam que estão diante de um bem escasso e que é preciso fazer economia”, pontua o presidente.OrçamentoDe acordo com o presidente da Ambef, Márcio Vieira, a associação de moradores protocolou uma carta na Prefeitura de Ipatinga solicitando a construção de uma nova rede de captação de água, e um reservatório de 70 mil litros.A assessoria de comunicação da PMI explica que seria preciso a associação fazer uma solicitação no Orçamento Participativo Ampliado (OPA), acrescentando que, em 2008, existe uma reserva de R$ 374 mil para a Regional 5, onde se situa o bairro Forquilha.Roberto Bertozi
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