30 de agosto, de 2007 | 00:00

Sem drogas nas escolas

Debate reúne educadores, Polícia Militar e alunos, numa tentativa de conter o uso de entorpecentes na rede de ensino

Wôlmer Ezequiel


Com o slogan “Corte essa Onda”, o aluno Lucas Vinícius venceu o concurso e ganhou uma bicicleta
IPATINGA - Na tentativa de combater o avanço das drogas nos espaços escolares e oferecer um suporte educacional aos alunos das redes de ensino de Ipatinga, estiveram reunidos na tarde de ontem ,na Prefeitura Municipal, educadores, alunos, representantes dos conselhos ligados a crianças e adolescentes, Polícia Militar e Secretaria Municipal de Educação.O Programa de Combate às Drogas nas Escolas, conforme os organizadores, objetiva promover o trabalho desenvolvido nas instituições de ensino em parceria com outros segmentos sociais. “Lidar com as drogas é questão complexa e a união entre diversos poderes ligados a esse problema é mais do que fundamental. Polícia Militar, Secretaria de Educação e conselhos precisam  caminhar lado a lado para evitar que um estudante, em qualquer esfera econômica e social, caia num caminho que muitas vezes é sem volta”, explica Myria Maria Silva, coordenadora do setor de Integração e Desenvolvimento Educativo da PMI.Na avaliação dos organizadores, o mercado de drogas na porta das escolas, quando não dentro das próprias instituições, é uma realidade que assusta. Leis insuficientes e falhas, propagandas e vendas abertas de formas ilícitas, campanhas esporádicas e poucas unidades de serviço de tratamento de dependentes químicos são apontadas como problemas no combate às drogas.“Não temos dúvida de que a realidade em que as pessoas vivem contribui para o uso ou não de drogas. Família e professores têm um papel fundamental na formação dos jovens e sabemos que esse discurso não pode ficar apenas no universo escolar. Trazer os problemas à tona e procurar resolvê-los em outros ambientes sociais é de fundamental importância”, diz Myria Silva.ConscientizaçãoPara a secretária de Educação de Ipatinga, Márcia Perozini, mais importante que criar medidas para combater as drogas, é desenvolver ações sociais e educacionais, envolver alunos e comunidade numa ação contínua e trabalhada, de forma que os programas sejam colocados em prática.“É preciso integrar as escolas e desenvolver atividades contínuas, propor a criação de uma rede de combate às drogas e efetivar tudo isso”, ressalta.A campanha de combate às drogas começou com um concurso de uma logomarca nas escolas da rede municipal de ensino, que contemplou o estudante Lucas Vinícius dos Santos, 8 anos, aluno da 2ª série da Escola Municipal Chirlene Cristina Pereira, no bairro Vagalume. O slogan criado pelo aluno foi “Corte essa Onda”.“Estava na sala de aula quando me deu a idéia de desenhar uma tesoura cortando o rosto de uma pessoa. Acho que as pessoas não devem usar drogas porque elas só trazem coisas ruins, além de ser muito feio”, explica Lucas, que ganhou uma bicicleta pela autoria do slogan mais criativo.
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