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29 de agosto, de 2007 | 00:00

Convênio rompido desde dezembro

Presidente rebate prefeito e diz que Sinttrocel não tem plano de saúde

Wôlmer Ezequiel


Segundo Celinho, os repasses do convênio foram suspensos em dezembro
FABRICIANO - O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Coronel Fabriciano (Sinttrocel), José Célio de Alvarenga (Celinho), disse que não procedem as denúncias feitas pelo prefeito Chico Simões (PT) em relação à utilização de recurso público em benefício próprio. Mesmo assim, não soube explicar os motivos que levaram clientes associados ao Sinttrocel a serem encaminhados ao Hospital Siderúrgica portando formulários da Prefeitura, procedimento considerado proibido pelo Ministério da Saúde.“Primeiramente é preciso dizer que nosso trabalho aqui não pode ser comparado a um plano de saúde. Somos apenas prestadores de serviço médico no município e nunca encaminhamos ninguém ao Siderúrgica. Pacientes com problema de urgência e emergência, os médicos encaminhavam ao hospital, e não o sindicato”, explica Celinho. Na Prefeitura, de acordo com o prefeito Chico Simões, a idéia de romper o contrato com o Sinttrocel é para impedir que recursos públicos continuem a ser gastos na manutenção de um plano de saúde particular. “Trata-se de uma maneira de corrigir um erro e possibilitar um ganho maior para a saúde pública do município, principalmente, aos cidadãos mais carentes”, afirma Simões.De acordo com Celinho, não existe um plano de saúde. Uma pessoa qualquer pode se associar ao sindicato, pagar R$ 37 por mês, ter acesso ao clube, assessoria jurídica, previdenciária, trabalhista, serviços de despachante e imposto de renda, além de duas colônias de férias do Espírito Santo. “Dá direito também a atendimento médico”, acrescenta Celinho.PlanoDe acordo com Chico Simões, a partir do convênio, a Administração cedeu uma funcionária e equipamentos ao Sinttrocel, como eletroencefalograma, nebulizador, mesas clínicas, entre outros itens. Já a entidade acordou em atender, em suas dependências, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), previamente encaminhados através dos postos de saúde da cidade.“O município não tinha neurologista, serviço de eletrocardiograma; temos laboratório de patologia clínica. Temos tudo aqui no Sinttrocel, e fazíamos sempre a fatura de tudo e repassávamos à Prefeitura”, frisa José Célio de Alvarenga.O poder público repassava, anualmente, conforme Simões, R$ 272 mil, em média, ao Sinttrocel. “Ao romper o convênio, usaremos esses recursos para melhorar o atendimento aos usuários do SUS em nossa cidade”, diz Chico Simões. Em contrapartida, Celinho diz que o convênio já havia sido rompido desde dezembro, e de lá para cá não houve qualquer pagamento.
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