29 de agosto, de 2007 | 00:00

Morre Narciso Torres, pioneiro no crescimento de Fabriciano

FABRICIANO - Importante personagem na constituição de Coronel Fabriciano como município vocacionado para o comércio, Narciso Drumond Torres morreu na manhã de ontem, vítima de complicações respiratórias. O corpo foi enterrado no cemitério Vale da Saudade.A trajetória de Narciso se confunde com a história comercial do  município. Após chegar a Fabriciano, vindo de Nova Era, em 1943, montou uma filial das Casas Guerra, onde vendia de tudo. Vinte anos mais tarde, deixou de ser comerciário para ser comerciante e viveu tempos áureos no município na década de 60. Na década de 70, Fabriciano começa a perder um pouco do status comercial devido, principalmente, à emancipação de Ipatinga, ocorrida em abril de 1964.Ainda nos tempos de comércio forte no município, Narciso se dedicava a uma outra área, a filantrópica, sendo responsável pela fundação do Rotary Club, em 1959. Tornou-se presidente em 1961 e ficou à frente da entidade até o ano seguinte.No mesmo ano de fundação do Rotary, ele começou o projeto da Companhia Telefônica municipal, empresa responsável pelas ligações naquela época. O projeto foi concluído em 1963 e no meio da década de 70 a empresa foi vendida à Telemig, que comprou todas as companhias telefônicas municipais do estado. Narciso teve também uma participação importante na Sociedade Amigos de Coronel Fabriciano e na criação do primeiro colégio técnico de contabilidade, a extinta Escola de Comércio Ferreira da Costa, que funcionava no Colégio Pedro Calmon, antes de se transferir para a Universidade do Trabalho. Narciso era pai do secretário de turismo de Fabriciano, Bruno Torres, e morreu aos 84 anos. O professor de história do Unileste-MG, Renato Lacerda, defendeu, em julho deste ano, dissertação de mestrado sobre o trabalho do Rotary em Fabriciano. Dentre as muitas histórias presentes no trabalho está a de Narciso Drumond Torres, destacando a sua importância no processo de desenvolvimento do município.