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29 de agosto, de 2007 | 00:00

Profissionais pedem melhorias

SAMU faz manifestação para reivindicar melhores condições de trabalho

Fotos: Alex Ferreira


Manifestação dos servidores do SAMU durou três horas na entrada da prefeitura
IPATINGA - Uniformizados e em silêncio, cerca de 50 profissionais do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Ipatinga, foram para a portaria da Prefeitura de Ipatinga nesta terça-feira. Médicos, enfermeiros, técnicos de auxiliar de enfermagem e motoristas, foram protestar contra o que chamaram de “dificuldades de trabalho”. Logo que chegaram, de mãos dadas, fizeram um minuto de silêncio e rezaram o Pai Nosso. Durante cerca de três horas os profissionais ficaram concentrados na portaria do prédio, o que chamou a atenção das pessoas que passavam pelo local. Eles reivindicavam uma reunião com representantes do governo municipal para discutir soluções para uma série de questões. A manifestação, que começou às 10h, só acabou às 13h, quando a Secretaria de Saúde solicitou que as reivindicações fossem encaminhadas por escrito.Escolhido pelos membros das equipes do SAMU para falar com a imprensa, o médico Geraldo Martins explicou que a mobilização de ontem buscava uma agilidade na negociação de pendências que dificultam o funcionamento do SAMU. Segundo o médico, já havia uma negociação em andamento, “mas o remanejamento de uma médica cirurgiã pediátrica e um motorista de uma das equipes não agradou ao grupo”, explicou o médico.Na lista de dificuldades, Geraldo Martins relata que a central do SAMU no bairro Cidade Nobre é modesta e precisa de adequações, a unidade auxiliar em outro bairro tem apoio de ambulância inadequada e o número de médicos, que deveria ser 18, está com defasagem de quatro profissionais. Em conseqüência, explica Martins, a escala de trabalho nos fins de semana já está sem médico, o que dificulta a atividade do SAMU. Durante a manifestação silenciosa um dos profissionais também reclamou que, há dois anos, os médicos do serviço não tiram férias. Há também problemas no contrato, vencido há dois meses e problemas com a frota de ambulâncias. Três dos seis carros estavam até ontem de manhã, na revisão.

Geraldo Martins: “confiamos na administração para solucionar questões emergenciais”
“A maioria dos profissionais do SAMU é de contratados. São todos especialistas em suas áreas de atuação. Passaram por treinamentos específicos. Não é qualquer profissional que pode ser colocado aqui dentro. Acreditamos na administração municipal para rever principalmente a situação dos contratados”, ressalta Martins.  Durante a mobilização de ontem, na porta da prefeitura, o médico explicou que nenhum atendimento deixou de ser realizado. “Foram recebidas várias ligações na central de regulação, que resultaram em quatro deslocamentos para socorro a pacientes”, explica. Segundo Geraldo Martins, entre os manifestantes estavam servidores de prontidão, que ocuparam os carros e saíram a campo para atendimento, quando acionados pela central de regulação de atendimento. Outros, eram servidores em horário de folga, que foram solidários ao movimento.   O SAMU funciona em Ipatinga há três anos e possui hoje 90 servidores. O serviço é mantido com 50% dos recursos oriundos do Ministério da Saúde. Os outros 50% são divididos entre as secretarias Estadual e Municipal da Saúde.Nota oficialEm nota enviada à imprensa na tarde de ontem, a Administração Municipal de Ipatinga afirma que a manifestação realizada por  profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em frente ao prédio da PMI, foi uma atitude isolada e unilateral. “O Executivo Municipal informa que não recebeu nenhum comunicado oficial prévio e não tem conhecimento das reivindicações que os levaram a essa atitude. A Administração Municipal não aceita que qualquer interesse pessoal venha afetar diretamente o serviço essencial de atendimento à saúde da população”, diz a nota.Ainda segundo a nota, Governo Municipal sempre esteve à disposição da classe para estabelecer um diálogo, desde que este aconteça dentro dos preceitos legais. Por fim, o governo diz na nota que “lamenta o ocorrido e informa que será apurada eventual responsabilidade pelo ato, que afetou a normalidade do serviço fundamental para a saúde do município”.
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