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21 de agosto, de 2007 | 00:00

Preservadores de madeira acertam normas em Ipatinga

Encontro Nacional discute diretrizes para utilização do eucalipto

Fotos: Wôlmer Ezequiel


Flávio Geraldo e Oilder Marchezini (D) defendem o uso do eucalipto como forma de preservar a madeira nativa
IPATINGA - Começa nesta quarta-feira, 22, a partir das 8h30, no Panorama Tower Hotel, bairro Iguaçu, o 7º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Preservadores de Madeira (ABPM). O evento, que termina na quinta-feira, conta com a presença da Sociedade Mineira de Silvicultura (SMS), Instituto Estadual de Florestas (IEF), instituições de ensino e pesquisa e outras associações de classe. Durante o encontro serão discutidas técnicas de normatização e regulação da utilização do eucalipto. Um dos organizadores do encontro nacional é a Preservar Duralipto, localizada no Distrito Industrial, em Santana do Paraíso. A empresa fabrica produtos múltiplos a partir do eucalipto e se tornou referência em preservação de madeira. Segundo Flávio Carlos Geraldo, diretor-adjunto da ABPM, o fato de Ipatinga ter sido escolhida para sediar o evento se deve à enorme capacidade do Vale do Aço na produção de eucalipto. “Ipatinga está localizada em uma região com forte vocação industrial madeireira e possui uma imensa plantação de eucaliptos. Além disso, na região está a Preservar Duralipto, uma das nossas associadas, e que hoje é uma das principais indústrias na área de preservação de madeira”, argumenta. Além de discutir técnicas de regulamentação da produção de eucalipto, o 7º Encontro da ABPM terá temas inovadores em sua pauta. “Durante o evento, vamos discutir temas inéditos e importantes, tais como crédito de carbono, desenvolvimento sustentável e ética”, adianta Flávio Geraldo. Responsabilidade ambientalDe acordo com o gerente-geral da Preservar Duralipto, Oilder Marchezini, o 7º Encontro da ABPM será importante para a expansão das atividades de sua empresa. “Um evento desta envergadura aumenta nossa responsabilidade. Será um encontro de grande valia, uma vez que pretendemos nos firmar como uma empresa que está seguindo um bom caminho e reforçando o setor de preservação de madeira. Queremos nos solidificar numa cadeia de produção que se pretende manter auto-sustentável ao longo do tempo”, enfatiza.

O processo de tratamento protege o eucalipto dos agentes deterioradores da madeira
Ainda conforme Marchezini, a principal contribuição da atividade desenvolvida pela Duralipto é a preservação da madeira nativa, especialmente no âmbito das construção rural, civil, paisagismo, postes para transmissão de energia, telefonia e outras aplicações. Afinal, todas essas edificações podem ser feitas a partir do eucalipto, poupando assim as madeiras nativas. “Ao longo dos anos foi comum a construção de porteiras, móveis, cercas, currais e vigas, por exemplo, usando madeiras nativas. Entretanto, tudo isso pode ser construído utilizando o eucalipto tratado. É justamente essa responsabilidade ambiental um dos focos do encontro da ABPM, que pretende estimular a utilização do eucalipto como forma de preservar a madeira nativa, uma vez que o primeiro é renovável e de ciclo curto. Esta iniciativa reduz a pressão sobre a exploração das florestas nativas”, analisa Oilder. Troca de experiênciasCom 37 anos de atuação, a ABPM tornou-se referência na área da regulação da utilização de madeira. Conforme Flávio Carlos Geraldo, a Associação reúne grandes usuários de madeira preservada no país. Entre elas a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que utiliza eucaliptos tratados em redes de distribuição e linhas de transmissão de energia. Companhias ferroviárias são outros associados em potencial da ABPM. Segundo Flávio, o encontro no Panorama Tower Hotel será uma oportunidade para a interação dos associados. “Essa troca de experiências entre os representantes da ABPM é fundamental, em se tratando da adequação da produção aos rigores das normas técnicas”, salienta. Bruno Jackson
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