18 de agosto, de 2007 | 00:00

Aproximação com a classe médica

Relação médico-paciente e ética profissional pontuam no CRM Debate

Divulgação


Hermann e José Torres falaram sobre os desafios da categoria e explicaram como lidar com as adversidades da profissão
IPATINGA - O Teatro Zélia Olguin sediou as palestras do CRM Debate na noite da quinta-feira, 16, evento realizado pelo Hospital Márcio Cunha e Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG). Médicos, administradores hospitalares e de serviços de saúde, professores e acadêmicos discutiram vários temas relativos à atuação profissional, abordando os princípios éticos e legais na tentativa de aprimorar a relação médico-paciente e ainda a qualidade dos serviços prestados. Os temas proferidos pelos palestrantes foram “Responsabilidade civil do médico”, “Conflitos/Denúncias mais freqüentes levados ao CRMMG e prevenção”, “Dilemas técnicos e éticos no final da gestação”, “Urgência e emergência: dificuldades e prevenção”, e “Termo de consentimento”.Conforme José Torres Alves, médico radiologista do HMC e delegado regional do CRMMG, o objetivo do evento é mostrar o verdadeiro sentido do Conselho, além de normatizar e fiscalizar as ações médicas. “O Conselho muitas vezes passa a impressão de ser um órgão que se ocupa principalmente do trabalho de fiscalizar. Então, é importante que façamos essas palestras para aproximar o Conselho dos médicos, para melhor entendimento de seus anseios e desafios”, explicou José Torres.   As palestras foram ministradas pelo radiologista e por outros profissionais ligados ao CRRMG, como o presidente do Conselho, Hermann Alexandre Vivacqua von Tiesenhausen, e pelo primeiro-secretário, João Batista Gomes Soares. Além das palestras, o evento contou com a participação do público, que se posicionou a respeito da complexidade que envolve o desempenho do médico no exercício diário da profissão.O presidente do CRMMG informou que, em viagens feitas pelo Estado, para supervisionar instituições médicas e acompanhar a atuação da categoria, é fácil deparar com situações que demonstram as crescentes adversidades enfrentadas pelos profissionais de saúde em Minas Gerais, que possui 48 mil médicos registrados no CRMMG.  “O CRM Debate é uma ação para priorizar a orientação aos profissionais quanto aos atos que mais originam denúncias, que na maioria das vezes advêm da relação médico-paciente e das situações de urgência e emergência. Isso acontece porque a atividade médica não é mais liberal e, conseqüentemente, o profissional fica sobrecarregado. Nos atendimentos emergenciais, há a redução do quadro de profissionais e o aumento da demanda por atendimento. Em virtude dessas condições extremas de trabalho, surgem os chamados erros médicos. O trabalho do CRMMG no Estado é para orientar o profissional, explicando como trabalhar em meio a estas adversidades e evitar que haja negligências”, disse Hermann. No entendimento do presidente do CRMMG, a relação médico-paciente é um pacto de confiança com a consciência.  Durante as palestras, assuntos como a crise do Sistema Único de Saúde e outras questões próximas da realidade do Vale do Aço foram abordadas. Para José Torres, delegado regional do CRMMG, as amarras que impedem a regulamentação da emenda constitucional nº 29, que assegura recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde, precisam ser rompidas. “Ações como essa irão viabilizar, por exemplo, o Sistema Único de Saúde, aproximando-o das diretrizes que justificaram a sua concepção”, finaliza. 
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