11 de agosto, de 2007 | 00:00

Valorização da agricultura familiar

Sistema Compra Direta beneficia pequenos empreendedores em Ipatinga

Roberto Sôlha


Após a capacitação pela Emater, cozinheiras atuam em suas comunidades e atendem várias instituições da região
IPATINGA - Durante o 1º Seminário de Bovinocultura de Ipatinga, realizado na quinta-feira, 9, no Salão Veneza, os participantes do evento degustaram biscoitos, salgados e bolos produzidos por cinco mulheres da zona rural de Ipatinga. Juntas, elas formam um grupo que soube aproveitar da capacitação oferecida pela Emater em benefício próprio. Hoje, as cozinheiras atendem a comunidade das localidades do Ipanemão, Ipaneminha e Tribuna, e sempre fornecem seus produtos para eventos promovidos pela PMI, Emater e Unileste-MG. Conforme Silvânia de Oliveira Campos, uma das cozinheiras do grupo, tudo começou quando a Emater ofereceu um curso de panificação. “Em seguida, nós decidimos apostar na atividade e acabamos envolvendo o restante das nossas famílias no processo de fabricação dos pães e bolos que produzimos”, diz Silvânia. Por semana, ela vende uma média de 25 quilos de biscoitos e 8 quilos de pães. Os sabores dos quitutes são variados e utilizam ingredientes como mandioca, cebola e abóbora. Parte do que é produzido é comprado pela Prefeitura, através do programa de Compra Direta Local da Agricultura Familiar. Conforme Daniel Martins Júnior, engenheiro agrícola da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, o programa beneficia atualmente 240 produtores de todo o Vale do Aço. Ele informa que a Administração Municipal já garantiu a continuidade do programa para o ano que vem, quando serão repassados R$ 700 mil da União para serem investidos exclusivamente na compra do que é produzido pela agricultura familiar da região. Ele explica que um caminhão da Prefeitura vai até os outros municípios, compra os produtos e os repassa para entidades carentes. Para as cozinheiras, a distância de suas localidades em relação a Ipatinga é o único problema que impede a venda de seus produtos para uma parcela maior da população. “Da minha casa até o ponto de ônibus, são 40 minutos de caminhada. Por conta dessa limitação, atendemos mais é nas nossas próprias comunidades”, finaliza Silvânia. 
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