09 de agosto, de 2007 | 00:00

Educação nos Trilhos

Passageiros assistem programação do Canal Futura durante viagem de trem

Fotos: Tadeu Bianconi


Os jornalistas convidados tiveram a chance de conhecer a novidade antes dos passageiros
Renato Gonçalves (*)IPATINGA – A partir de hoje, as viagens de trem entre Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES), e vice-versa, se tornarão mais agradáveis e menos cansativas. É que a Fundação Vale do Rio Doce estréia nesta quinta-feira o Teletrem e a série Recortes do Brasil dentro do programa Educação nos Trilhos, lançado há 7 anos. Os passageiros dos trens da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) vão embarcar numa viagem de conhecimento, entretenimento e cidadania.“Alguns vagões da composição serão equipados com monitores de TV, onde serão exibidos programas sobre saúde, cultura, meio ambiente, formação profissional, cidadania, entre outros assuntos”, explicou Sérgio Dias, gerente administrativo da Fundação Vale do Rio Doce, durante entrevista coletiva, na última terça-feira, no Museu do Trem, construído na antiga estação ferroviária Pedro Nolasco, em Vitória.Conforme Dias, o objetivo da série é valorizar a diversidade cultural do país, revelada em várias expressões populares regionais. “Há três anos, a série é exibida nos trens e estações ferroviárias da Estrada de Ferro Carajás (EFC), que liga o Pará ao Maranhão, mostrando as riquezas, curiosidades e tradições paraenses e maranhenses”, disse o gerente da Fundação, acrescentando que o passageiro não pagará nenhum centavo a mais no preço da passagem para usufruir do benefício e ainda terá a opção de escolher se quer ou não viajar num vagão equipado com a nova tecnologia.Portões AbertosDurante quatro anos, a Vale do Rio Doce pretende investir cerca de R$ 4,5 milhões na instalação, operacionalização e manutenção dos dois programas, que inclui ainda a implantação da Estação Conhecimento. A empresa adaptou algumas estações de trem para a realização de oficinas pedagógicas, contribuindo para a criação de um ambiente de diálogo, com contextos sociais e culturais locais, numa ação chamada Portões Abertos. “A primeira abordagem começa nas estações e prossegue dentro do vagão. As oficinas serão realizadas com instituições das cidades onde existem Estações Conhecimento, apoiando projetos locais e trocando experiências”, explicou Sérgio Dias. Entre os parceiros da Vale nessa iniciativa, figuram Departamentos Regionais do Sesi em Minas Gerais, Espírito Santo e Maranhão.Na primeira fase do programa serão contempladas apenas dez das 30 estações de trem instaladas ao longo de 900 quilômetros de ferrovia. Foram adaptadas as estações de Pedro Nolasco, Flexal e Baixo Guandu, no Espírito Santo, e Aimorés, Resplendor, Conselho Pena, Tumiritinga, Governador Valadares, Itabira e Belo Horizonte, em Minas Gerais. “Na segunda etapa do programa vamos ampliar a Estação Conhecimento e, sem dúvida, a estação Intendente Câmara (Ipatinga) será contemplada”, anunciou Sérgio Dias.Nilson Dávila, representante da EFVM, informou que os vagões passaram por melhorias para receber os serviços tecnológicos do Teletrem. Com o novo sistema, o videocassete e o CD foram substituídos pelo monitor de LCD e a rapidez na transmissão de dados do Wireless IP, conexão contínua e permanente, via transmissão de rádio freqüência. “O sistema de acesso wireless garante a atualização da grade de programação do Futura de acordo com a realidade local”, explicou Sérgio Dias.

Para Sérgio Dias (C), o programa oferece conhecimento, entretenimento e cidadania
Formato com a cara do BrasilDe acordo com Mônica Dias Pinto, diretora do Canal Futura - um projeto social de comunicação financiado integralmente pela iniciativa privada -, a série que será exibida nos vagões da Vale poderá ser acompanhada na poltrona de casa. O material será exibido na programação do Canal Futura, às sextas-feiras, às 21h20, com reprises aos domingos, às 15h20. Em atividade há dez anos, o Futura conta com 80 mil horas de produção.Conforme a diretora, na medida em que forem exibidos na televisão, também será possível assistir aos episódios semanalmente, no site (www.futura.org.br). “Ao todo, 19 milhões de pessoas utilizam diariamente os programas do Futura, que tem em seu formato a cara do Brasil”, resumiu Mônica Pinto, afirmando que o telespectador pode assistir ao Futura através da antena parabólica e UHF.Impostos diferenciam o preço dos bilhetesA viagem de trem entre Belo Horizonte a Vitória (ES) leva em média 13 horas de duração. Dependendo dos dois períodos de férias do ano, a Vale do Rio Doce reforça a composição com mais vagões das classes executiva e econômica.O preço da passagem varia de acordo com a cobrança diferenciada de impostos entre os dois estados. O bilhete para quem viaja de Belo Horizonte a Vitória custa R$ 39,00 (econômico) e R$ 60,00 (executivo). No sentido inverso, Vitória/BH, a passagem tem o valor de R$ 37,00 (econômico) e R$ 56,00 (executivo). Informações pelo telefone (31) 3821-4666.(*) O repórter viajou a convite da Companhia Vale do Rio Doce
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