27 de julho, de 2007 | 00:00

CNTM propõe curso subsidiado

Seminário de Siderurgia é encerrado em Ipatinga com propostas para qualificação de mão-de-obra e saúde do trabalhador

Alex Ferreira


Eleno: é preciso estabelecer agenda nacional para qualificação profissional
IPATINGA - Seminário de Siderurgia, encerrado em Ipatinga nesta quinta-feira, produziu um documento que será encaminhado aos órgãos governamentais, em especial aos ministérios do Trabalho e da Saúde. Além de se preocupar com a geração de emprego e qualificação de mão-de-obra para aproveitar o momento de expansão da siderurgia em vários estados, o documento também alerta para a necessidade de uma política específica de saúde do trabalhador. O seminário, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), reuniu em Ipatinga, na quarta e na quinta-feira, representantes da Confederação Nacional dos Metalúrgicos em 15 estados, de Rondônia a São Paulo. Para o presidente da CNTM, Eleno José Bezerra, uma das maiores preocupações para os metalúrgicos, neste momento, é a falta de qualificação profissional. “Convidamos para esse seminário, que acontece em várias partes do país até setembro, empresários, o governo e os sindicatos. Além de apontar os maiores problemas, devem ser apresentadas propostas de solução”, explica. Segundo Eleno, em relação ao setor siderúrgico a falta de qualificação é “gritante”. O dirigente da CNTM afirma que há muitas escolas de cursos profissionalizantes, mas o trabalhador não tem acesso, principalmente porque não pode pagar. A proposta da CNTM, junto com outras centrais sindicais, é que o governo, empresários e sindicatos se unam para garantir a qualificação de acesso facilitado ao trabalhador. “Queremos oferecer a qualificação profissional em convênio com o Ministério do Trabalho e parceria com os empresários e sindicatos, em cursos de 200 horas. Ao mesmo tempo em que falta mão-de-obra qualificada nas empresas, sobram desempregados”, afirma. Para evitar distorções o presidente da CNTM informa que serão treinados trabalhadores na quantidade exata para atender ao número de vagas em cada setor. Na quarta-feira Eleno Bezerra teve que deixar Ipatinga para se encontrar em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente da CNTM informou que a reunião teve participação também dos dirigentes de cinco centrais sindicais: CUT, CGT, Força Sindical, GT e Nova Central. Na pauta estavam quatro assuntos. “Discutimos a legalização das centrais. O presidente Lula confirmou que vai cumprir o acordo de oficializar as centrais para negociações. Discutimos a Emenda 3, que ele reafirmou a manutenção do veto, para evitar que as empresas transformem trabalhadores em pessoas jurídicas. Também assegurou a ratificação da convenção da Organização Internacional do Trabalho, que, entre outras coisas, proíbe a dispensa imotivada”, confirma o presidente da CNTM.    Alex Ferreira
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