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26 de julho, de 2007 | 00:00

Cidades de pequeno porte no sufoco

Conferência promovida pela AMDI prega redução de desigualdades

Wôlmer Ezequiel


Prefeitos de cidades que compõem a AMDI reunidos em conferência no Metropolitano
FABRICIANO - “União de forças para conter as desigualdades”. Esta foi a tônica do discurso de prefeitos, vereadores e secretários municipais que participaram da III Conferência Regional das Cidades, ontem, no Hotel Metropolitano. A conferência foi promovida pela Associação de Municípios pelo Desenvolvimento Integrado (AMDI) e contou com representantes dos 11 municípios que compõem a entidade. O tema central do encontro foi “Desenvolvimento urbano viabilizado pela participação popular”.A Conferência privilegia as cidades da região que possuem até 20 mil habitantes. Municípios com população superior a esta marca devem realizar suas próprias conferências. No encontro de ontem no Metropolitano, foram eleitos dois delegados de cada município presente para participarem da III Conferência Estadual das Cidades, prevista para setembro. A Conferência Nacional acontece no período de 25 a 29 de novembro, com o lema “Desenvolvimento urbano com participação popular e justiça social” e o tema “Avançando na gestão democrática das cidades”.Conforme o prefeito de Timóteo e presidente da AMDI, Geraldo Nascimento (PT), a intenção é fazer com que os principais apelos das cidades do Vale do Aço cheguem ao governo federal. “Nossos delegados levarão o interesse da consolidação de políticas públicas para a região, seja da importância urbana ou rural. Sabemos que a maior parcela das riquezas fica centralizada na federação e os municípios ficam com a menor parte. Por isso precisamos lutar de forma unificada para garantirmos nossos interesses”, enfatiza Nascimento, acrescentando que o “povo deve ajudar os prefeitos a discutirem as políticas públicas de suas respectivas cidades, e esta é uma das discussões centrais da III Conferência das Cidades”. RevisãoDurante a III Conferência Regional das Cidades, o prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões (PT), defendeu a revisão do pacto federativo como forma de amenizar a desigualdade da distribuição de recursos por parte da União.“Precisamos de uma revisão do pacto federativo para que os municípios discutam suas necessidades. O governo federal precisa dar mais autonomia aos prefeitos para que eles discutam as carências de suas administrações. A solução seria permitir que os prefeitos ganhem autonomia financeira para aplicar suas políticas públicas”, avalia.CarênciaO prefeito de Tarumirim, Altamir Severo da Rocha, o “Mirico” (PT), afirma que é de suma importância a participação das cidades de pequeno porte na Conferência. Segundo ele, sua cidade é o exemplo vivo de um município que sofre com o repasse insatisfatório da União.“Tarumirim tem um território imenso, de quase 800 km². Mas o município vive com uma renda de R$ 500 mil por mês. Com esse dinheiro não dá para fazer quase nada. Ficamos numa saia justa”, lamenta. “Os recursos são muito mal distribuídos aos municípios pelo governo federal”, opina “Mirico”.
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