26 de julho, de 2007 | 00:00

Nova estrutura e mais segurança

Acordo evita fechamento e garante continuidade do Shopping do Povo

Wôlmer Ezequiel


Desde o anúncio do fechamento do shopping, vários lojistas decidiram deixar o local
IPATINGA - O fechamento do Shopping do Povo, previsto para acontecer a partir do próximo mês, não irá se concretizar. Graças a um acordo que será formalizado ainda essa semana entre locatários e locador, o centro de compras localizado na avenida João Valentim Pascoal, no Centro, permanecerá em funcionamento. Inaugurado em 2003, o shopping ocupa um terreno do empresário Márcio de Barros Quintão, que havia alugado a área para Mateus Alves. No próximo dia 31, encerra-se se o prazo do contrato que garantia a Mateus o direito de ser o locatário do imóvel. Em reportagem publicada pelo DIÁRIO DO AÇO no dia 29 de junho, Quintão confirmou que, a partir de agosto, o shopping fecharia as portas. Ele discordava, por exemplo, das condições de segurança, e ainda tinha planos de construir um prédio no terreno. Na tentativa de evitar o fechamento das lojas, 14 comerciantes contrataram os serviços de um advogado, a fim de buscar um consenso e acertar um acordo junto ao proprietário do imóvel. Segundo Márcio Quintão, os seus planos para a construção do prédio não serão colocados em prática de imediato. “Após o vencimento do contrato com o atual locatário, farei uma análise da estrutura do galpão que abriga o shopping, para averiguar se as condições atendem ao que foi previsto. Posso adiantar que não tenho a intenção de prejudicar a nenhum dos comerciantes que trabalham no shopping”, garante o empresário.Conforme ele, pelo menos até o início do ano que vem o Shopping do Povo continuará funcionando normalmente. “Caso eu decida dar uma nova destinação ao local, todos os lojistas serão avisados com antecedência”, promete.Para quem trabalha no centro de compras, o acordo representa um novo alento para os negócios, agora que se aproxima o final do ano, quando as vendas sempre batem recordes. Há alguns meses, vários comerciantes decidiram fechar seus estabelecimentos, tendo em vista a proximidade do prazo previsto para o fim do contrato atual de locação do terreno. Conforme destacam os lojistas Carlos Eduardo Teixeira Lima e Dirley Pacheco, essa realidade já começa a mudar. Há três anos trabalhando no Shopping do Povo, eles contam que, desde que acionaram um advogado e o acordo com Márcio Quintão começou a ser discutido, os dissidentes começaram a demonstrar vontade de alugar novamente os pontos do shopping. “Isso não foi possível porque há seis meses não estava sendo possível alugar as lojas. No entanto, com a notícia que não iremos mais fechar, muitos lojistas se arrependeram de terem ido embora”, explicam os comerciantes. Segundo eles, os aluguéis dos pontos variam entre R$ 400 e R$ 1.200. Quando foi inaugurado, o shopping contava com cerca de 90 lojas e hoje não passam de 15. “Acabamos pegando o espaço de lojas vizinhas e os pontos foram se expandindo naturalmente”, conta Carlos Eduardo. Segundo ele, nas últimas semanas o movimento comercial tem sido fraco por causa das reportagens sobre o fechamento do shopping. “Muitos clientes ficaram receosos de comprar aqui, por acreditarem que não teriam como negociar nada a médio prazo. Esperamos que a partir de agora as coisas voltem ao normal”, diz o lojista.
Wôlmer Ezequiel


Raul explica que os locatários não terão de sair do galpão
Acordo Conforme Carlos e Dirley, os lojistas do shopping se comprometeram a comprar novas divisórias, que deverão ser instaladas até o fim da semana. Além disso, eles estão regularizando alvarás pendentes e tomando outras providências para melhorar a estrutura do local, na expectativa de uma vistoria do Corpo de Bombeiros nos próximos dias. Segundo o advogado Raul Bicalho, que representa os 14 comerciantes do Shopping do Povo, o acordo que será assinado entre locatários e locador determina que os lojistas não terão de entregar as lojas. A partir do próximo mês, o shopping também ficará sob a responsabilidade de outro administrador, a imobiliária Moradia Imóveis. Roberto Sôlha
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