25 de julho, de 2007 | 00:00

Orelhão incomoda inquilinos

Há 7 meses telefone público em local impróprio causa polêmica no Canaã

Bruno Jackson


Jessé lamenta que o “orelhão” esteja trazendo incômodos a ele e a seus inquilinos
IPATINGA - Um fato curioso tem chamado a atenção de quem passa pela rua Cânticos, no bairro Canaã. Na residência de nº 316, há sete meses um telefone público está instalado na varanda da casa, ocupada por dois inquilinos. O proprietário da residência, o aposentado Jeucemino Gomes de Faria, conhecido como “Jessé”, disse que já solicitou à Oi/Telemar a remoção do aparelho para a rua, acrescentando que se sente “enrolado”.O telefone público foi instalado quando o imóvel era comercial. “Antes, esta casa era um bar e o ‘orelhão’ ficava ao lado da porta do mesmo. Depois, resolvi modificar o imóvel e fechei a frente, colocando uma grade. Mas antes disso pedi à Telemar para remover o telefone para a rua. Depois, um técnico veio aqui e disse que o aparelho seria removido, mas eles estão enrolando, porque até agora nada”, protesta Jessé. O aposentado disse, ainda, que ficou indignado com uma suposta resposta da Oi/Telemar acerca de uma de suas solicitações. “De certa feita, pedi a remoção, justificando que meus inquilinos não podiam ficar com um telefone público dentro de casa. Mas uma das atendentes da Telemar me respondeu o seguinte: ‘É só eles comprarem cartão e usarem o telefone’. Vê se pode”, relata Jessé.No primeiro mês após a colocação da grade, Jessé costumava deixar o portão aberto para que os vizinhos continuassem a usar o telefone público. Porém, um ou mais vândalos - que não foram identificados - entraram na varanda e defecaram no chão, o que chateou o aposentado. “Depois dessa atitude deplorável não teve jeito. Não deixei que mais ninguém entrasse para usar o telefone”, lamenta. Dor de cabeçaA operadora de telemarketing Kênia dos Santos, inquilina de Jessé, lamenta os infortúnios que ela e o marido têm de enfrentar por terem um telefone público praticamente dentro de casa. “Infelizmente, há pessoas que pensam que nós utilizamos o telefone para benefício próprio. Nada disso. Nosso desejo é que ele já tivesse sido retirado há bastante tempo”, afirma Kênia, que narra uma das situações delicadas a que foi submetida. “Uma vez um brasileiro que mora nos Estados Unidos ligou para cá dizendo que alguém havia ligado deste ‘orelhão’ para ele e dito que sua esposa, que mora no Brasil, o estaria traindo. O homem disse que o identificador de chamada da sua casa constou o número do ‘orelhão’. Nós nem conhecemos essas pessoas. Não sei como isso pode acontecer. São situações embaraçosas. Por isso, esperamos que esse telefone público seja removido em breve”, solicita.DificuldadeO DIÁRIO DO AÇO procurou a central da Oi/Telemar em Ipatinga para obter informações sobre o atraso na remoção do “orelhão” da residência de Jessé para a rua. Contudo, a reportagem foi informada de que assuntos relacionados ao remanejamento de telefone público não são tratados na cidade. Segundo a Oi, quem deseja solicitar a retirada de “orelhão” deve fazê-lo mediante carta, que deve ser enviada para a Caixa Postal 711, CEP: 50050-480 Recife (PE). A carta deverá conter dois telefones para contato e, do lado de fora do envelope, o número do telefone público que será remanejado. Bruno Jackson
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