18 de dezembro, de 2009 | 18:02

Cadê o motorista?

UFMG revela protótipo de carro autônomo, controlado por computador. Sem motorista, o veículo acelera, freia, vira para os dois lados e ainda filma a paisagem.

DA REDAÇÃO - Um carro sem motorista capaz de acelerar e frear, virar para os dois lados, filmar a paisagem com duas câmaras que simulam a visão humana, tudo totalmente controlado por computador.
Parece, mas não é o seriado de televisão “Supermáquina”, que fez sucesso nos anos 80 - e mereceu uma refilmagem, atualmente exibido pela Rede Record. Trata-se de Cadu, nome e sigla do Carro Autônomo Desenvolvido pela UFMG, que foi apresentado na tarde de ontem, no estacionamento do Mineirão, na Pampulha.
 
Com fotógrafos no banco de trás e ninguém no banco da frente, o protótipo desenvolveu, a baixa velocidade, um trajeto pré-programado no computador, usando como referência pontos determinados em GPS.
Tudo via satélite. Além de andar via computador, o carro também é capaz de ser conduzido por alavanca, aplicação que, no futuro, pode vir a ser usado em larga escala, por exemplo, para portadores de deficiência.
 
De acordo com o coordenador do projeto, o professor Guilherme Azevedo Silva Pereira, o projeto tem dois anos de existência, e não tem prazo para ser encerrado.
A ideia é que, a partir de novas pesquisas, os acessórios possam ser, um a um, adaptados ao modelo, que servirá tanto para testes de equipamentos em separado quanto para programas e tecnologias associadas.
 
Participam alunos dos cursos de engenharias Mecânica, Elétrica e de Controle de Automação, que aproveitam ideias já existentes na Europa e nos Estados Unidos e adaptam a tecnologia às possibilidades locais.
 
“Nosso principal objetivo é estimular os alunos a criarem soluções e a estudarem características, que serão agregadas com o tempo aos protótipos”, comenta o professor, destacando que, em um futuro próximo, o grupo pode chegar, inclusive, ao desenvolvimento de novas tecnologias e até patentes na área. “Trata-se de um projeto amplo de pesquisa acadêmica, mas que seguramente renderá aplicações práticas”, afirma o professor.