18 de dezembro, de 2015 | 06:58
Ex-marido de Mariza Fialho e executor do crime respondem na Justiça
Maurílio Bretas é processado como mandante de homicídio qualificado e Vianinha como o executor do crime
FABRICIANO - Já está em tramitação na Comarca de Coronel Fabriciano, o processo sobre a brutal execução da cabeleireira Mariza Gonçalves Fialho, de 33 anos, assassinada a tiros na noite de 22 de outubro passado, na estrada da ponte Mauá, entre Timóteo e Coronel Fabriciano, um caso que gerou comoção em Timóteo, onde ela era sócia de um conceituado salão de beleza.
O marido, o aposentado Maurílio Bretas Lage, de 56 anos, foi denunciado como mandante de homicídio qualificado duplamente qualificado (motivo fútil e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima).
Maurílio é defendido pelos advogados Marysol Samara Alves Tostes Gomes da Silva Vidigal Costa e Max Capella Araújo. Maurílio, que nunca confessou o plano para matar a mulher, está preso desde a noite do crime.
Também responde pelo assassinato da cabeleireira, José Viana Silva Neto, o Vianinha, de 19 anos. Ele apresentou-se à polícia dia 29 de outubro, acompanhado do advogado Antônio Carlos Cacau de Araújo. Ele confessou ser o executor do crime, a mando de Maurício Bretas, e que efetuou seis disparos de arma de fogo contra Mariza.
O terceiro envolvido no crime é um adolescente infrator, de 17 anos, que confessou ser o piloto da moto de Mariza, emprestada por Maurílio, para que Vianinha executasse a cabeleireira e forjasse um latrocínio, roubo seguido da morte da vítima. O Portal Diário do Aço apurou, na época, que o adolescente negou ter conhecimento prévio que seria cometido um assassinato. Ele alegou que apenas foi chamado por Vianinha para que conduzisse a motocicleta. Somente ao chegar à estrada da Ponte Mauá soube do plano do seu comparsa para matar uma pessoa.
No momento do crime, a mulher estava acompanhada do marido que, na versão da polícia, testemunhou o assassinato. Na noite do crime, Maurílio alegou para a Polícia Militar que foi vítima de um assalto que terminou na morte da mulher.
Com Mariza, entretanto, foram encontrados cerca de R$ 1 mil em dos bolsos, anéis e aliança nos dedos. Maurílio informou que acionou a polícia logo depois do crime, mas o celular dele não tinha registro de ligações para o telefone 190. As investigações caminhavam no sentido de confirmar o envolvimento do marido na morte de Mariza, o que foi confirmado com a apresentação de Vianinha.
Conclusão
A conclusão do inquérito da Polícia Civil, iniciado pelo delegado Jorge Caldeira e concluído pelo delegado Amaury Tomaz, é que Maurílio contratou Vianinha por R$ 5 mil para matar Mariza e forjar o latrocínio. Comprou um revólver com o cartão de crédito da vítima, repassou ao assassino e emprestou a moto da vítima ao pistoleiro contratado, para que fosse cometido o assassinato.
O inquérito foi remetido ao Ministério Público no dia 4 de novembro, que ofereceu denúncia, na Justiça Criminal, contra os envolvidos. A denúncia virou processo no dia 10 de dezembro passado.
No relatório está indicado que toda a motivação do crime seria o dinheiro, uma vez que Maurílio, viciado em carteado, encontrava-se endividado e a mulher se negava a lhe repassar mais recursos. Com a morte dela, ele passaria a ter controle sobre os bens do casal, dois apartamentos e uma quantia de aproximadamente R$ 50 mil.
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