11 de novembro, de 2015 | 17:25

Foragido do Vale do Aço vivia escondido em Caratinga

Rafael Lagares foi apontado na Operação Cachoeira como líder de quadrilha de traficantes em Timóteo


DA REDAÇÃO – Sem qualquer crime cometido em Caratinga, deve ser encaminhado ao Vale do Aço, nos próximos dias, o foragido da Justiça, Rafael Lagares Soares, de 33 anos. Ele foi capturado pela Polícia Civil de Caratinga na terça-feira (10/11) na rua Antônia Maria Rezende Fernandes, bairro Dário Grossi.

 

Lagares estava foragido desde 2012, quando teve expedido, pela Justiça da Comarca de Timóteo, um mandado de prisão. Com peso muito acima do que apresentava quando morava no Vale do Aço e barbudo, ele estava irreconhecível.

 

A PC de Caratinga descobriu que Rafael Lagares morava naquela cidade há um ano e meio, em um imóvel de bom padrão, sem despertar suspeitas por parte dos vizinhos. O delegado da PC, Luiz Eduardo Moura, explicou que a investigação foi desencadeada com denúncias que apontavam a existência de um homem da cidade de Ipatinga residindo em Caratinga, investigado em 2012 e apontado como o líder de uma organização criminosa que atuava no Vale do Aço. Na época das investigações, os integrantes da quadrilha foram presos, mas o homem apontado como o líder havia escapado.

 

Os policiais descobriram a residência do suspeito e constataram que ele utilizava um nome falso, Willian Pereira dos Santos, em seus documentos. Com esse recurso, conseguiu ficar três anos foragido.

 

Nas investigações, os policiais constataram que Rafael Lagares não realizava o tráfico de drogas ilícitas em Caratinga e apenas se escondia na cidade. Portanto, inexistem razões para punição do preso em Caratinga. “Ele foi preso em razão de um mandado de prisão expedido no Vale do Aço, por causa dos crimes praticados antes de 2012”, concluiu Luiz Eduardo.

 

Essa foi a segunda prisão de Rafael. Em 30 de abril de 2009, ele foi detido com quatro quilos de pasta-base de cocaína, localizados no guarda-roupas de sua residência, no bairro Ideal, em Ipatinga. 
Wellington Fred


operação cachoeira do vale


 

Cachoeira

 

O inquérito que investigou a atuação da quadrilha chefiada por Rafael Lagares foi concluído em fevereiro de 2013, com o indiciamento de 17 pessoas pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, corrupção de menores e falsificação de documentos.

 

O grupo atuava no distrito de Cachoeira do Vale, mas com ramificações por outros bairros, como o Ana Rita, em Timóteo, e Giovanini, em Coronel Fabriciano.

 

Lagares estava no topo do organograma, acusado de fornecer os entorpecentes para Erick da Silva Viana, o Guga, que redistribuía para a quadrilha. 

 

Operação

 

O delegado de Polícia Civil, Gilmaro Alves, que comandou a Operação Cachoeira, explicou que no dia da operação nove pessoas foram presas, mas Rafael Lagares escapou. Na residência do líder foram encontrados um revólver municiado e ouro fundido em pequenas barras. A polícia acredita que a origem desse outro era de joias recolhidas em assaltos nas cidades de Coronel Fabriciano e Timóteo.

 

Cordões, pulseiras, anéis e alianças levados nos assaltos eram recebidos pelos traficantes como forma de pagamento de drogas ilícitas.

 

No mesmo processo, o proprietário de uma grande joalheria de Coronel Fabriciano chegou a ser indiciado por tentar ajudar o bando a “justificar o ouro” encontrado na residência de Rafael Lagares, fraudando uma nota de compra dos produtos.

 

No entanto, o ouro não possuía notas de entrada ou de saída o que chamou a atenção do delegado Gilmaro Alves, que comandou a Operação Cachoeira.

 

Chamado à delegacia de polícia, o proprietário da joalheria, M.M.L., confessou a fraude e a tentativa de ludibriar a polícia em uma possível restituição, após a apresentação do pedido por parte de um advogado. 

 

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