23 de setembro, de 2015 | 22:59

Terceira professora presa na PDMC

Investigações sobre tráfico de celulares em presídio já levou quatro funcionários à prisão


IPABA – Acusada de envolvimento com um esquema de entrada de telefones celulares na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, mais uma funcionária teve a prisão preventiva decretada pela Vara de Execuções Criminais de Ipatinga.

Essa é a terceira professora presa acusada de envolvimento no caso. Com um agente penitenciário preso, o número de funcionários da instituição penal acusados de envolvimento chega a quatro.

No início do mês de setembro foram detidos o agente penitenciário M.A.R., de 43 anos, e as professoras S.M.D.M., de 52 anos, e J.R.G., de 35 anos, mulher do agente.

As investigações estão a cargo da Polícia Civil de Ipaba, que apurava há mais tempo denúncias do tráfico de celulares e de entorpecentes na penitenciária.

Professora de Língua Portuguesa na escola que funciona dentro do presídio, F.S.L., de 33 anos, é moradora de Ipaba e foi presa preventivamente.

O delegado Célio Las Casas, que comanda as investigações, explica que cerca de 200 telefones celulares já foram apreendidos nos últimos meses no presídio.

F.S. afirma que sabia do caso das duas colegas presas, acusadas de envolvimento na irregularidade, mas alega desconhecer que elas estivessem envolvidas com o tráfico de celulares e tampouco imaginava que também fosse presa. A professora afirmou ao Diário do Aço que vai exigir provas de seu envolvimento em qualquer irregularidade na penitenciária.  
Wellington Fred


prisão ipaba


Ela também afirma que desconhecia qualquer informação acerca do tráfico de celulares na cadeia. “Sai para pegar um documento e me deram ordem de prisão. Estou sem saber de nada. Vou provar que não tenho relação com essa história”, reafirmou.

“Estava fácil demais”

Para o delegado Célio Las Casas, a professora presa nesta quarta-feira participava da mesma forma que outras duas colegas e o agente de segurança penitenciário presos.

Os aparelhos eram repassados aos alunos que frequentavam a sala de aula existente na unidade prisional. Em seguida, eles levavam os celulares e carregadores para o interior dos blocos, onde eram revendidos aos demais presos. As investigações sobre outros envolvidos continua, explica o delegado Célio Las Casas.

Os aparelhos eram repassados por valores que começaram em torno de R$ 600, em média. Dentro dos blocos, os celulares passavam a valer entre R$ 1.500 e R$ 2.000, a depender do modelo.

“Considero um valor baixo, porque para entrar um celular em uma penitenciária é muito difícil. Como esse canal estava muito aberto, ficou muito facilitado entrar com os aparelhos lá, por isso, os preços caíram tanto”, afirmou o delegado.

Como os presos levavam os celulares das salas para as celas?  

Para levar os celulares das salas de aula para o interior dos blocos só havia uma forma: os presos introduziam os aparelhos no ânus, para não serem detectados pelos equipamentos de raios-x ou busca pessoal.

Ao fim das investigações, os acusados de envolvimento nesse caso terão definidos os crimes pelos quais serão denunciados à Justiça. Inicialmente, podem responder por prevaricação, corrupção passiva e associação para o crime.

Outra etapa da investigação aprecia denúncia sobre o esquema para o tráfico de drogas. Se isso ficar confirmado, aqueles que estiverem eventualmente envolvidos também responderão na Justiça por esse crime.

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