16 de setembro, de 2015 | 21:12
Investigação da PC descobre receptação de carga roubada
Carga de batata-palha roubada era comercializada no Parque Caravelas, em Santana do Paraíso
PARAÍSO - Um homem foi preso e autuado em Santana do Paraíso, nesta quarta-feira, 16/9, acusado de crime de receptação qualificada de mercadoria roubada, inafiançável e com pena que pode chegar a oito anos de prisão. Foi preso Nilldon Freire da Silva, de 67 anos.
O comerciante estava em um galpão, no bairro Parque Caravelas, onde estava acondicionada uma carga de batata-palha, desviada de outra empresa.
Em depoimento, Nilldon Freire afirmou em cartório que comprou a mercadoria sem nota fiscal e admitiu que desconhecia a procedência. O delegado da Polícia Civil, Bruno Morato, informou que o acusado de envolvimento nesse caso tem várias passagens pela polícia, por crimes parecidos.
No mês de dezembro de 2014, as Polícias Civil e Militar desencadearam operações para prender uma quadrilha que comercializava, no Vale do Aço, uma carga de carne de frango, tomada de assalto de um caminhão da Sadia, na BR-381.
O delegado Bruno Morato confirmou ao Diário do Aço nesta quarta-feira, que a PC investiga a ação de um grupo que se especializou na prática de abrir empresas, mudar de endereço e deixar de pagar aos fornecedores. Outras fazem receptação de cargas roubadas.
"Dessa vez, a equipe da Polícia Civil descobriu que a carga roubada estava armazenada no bairro Parque Caravelas. No local, o autor foi surpreendido na posse de mais de 300 quilos de mercadorias, avaliada em cerca de R$ 37 mil", observou o delegado.
Wellington Fred
batata-palha
Nilldon Freire da Silva
O delegado da PC afirmou não ter dúvida que o comerciante sabia da origem criminosa do negócio. Enquanto na fábrica o produto custa R$ 7 ele oferecia a terceiros a R$ 5. "Quem, por acaso comprou batata palha nessas condições, que apareça aqui na delegacia de Paraíso, faça a restituição, porque a investigação continua", orientou.
Bruno Morato acrescentou que há registro do envolvimento da empresa em outras ações criminosas, em que fizeram compras de mercadorias em grande quantidade e depois os responsáveis desapareceram sem pagamento dos débitos. Além do homem preso, o delegado afirma que várias outras pessoas são investigadas e podem ser presas a qualquer momento.
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