09 de setembro, de 2015 | 18:30
Ex-goleiro Bruno é transferido da Nelson Hungria para a Apac
A transferência foi feita por determinação judicial, nesta quarta-feira
DA REDAÇÃO - O ex-goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, sentenciado a 22 anos de prisão pela morte da modelo Eliza Samúdio e sequestrio do filho dela, crimes ocorridos em 2010, foi transferido da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O atleta passa a cumprir pena no Centro de Reintegração Social (CRS) da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Santa Luzia. A transferência foi feita por determinação judicial, nesta quarta-feira, 09/09.
A defesa de Bruno é feita pelo escritório Barros e Barros, com sede no bairro Cidade Nobre, em Ipatinga, e o escritório Campos e Campos, de Belo Horizonte. A Apac tem como objetivo a humanização no cumprimento da pena, com presença de voluntariado, envolvimento das famílias de presos e na recuperação do condenado.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), informou que Bruno deixou a Penitenciária Nelson Hungria às 15h15 e seguiu escoltado por agentes penitenciários do complexo. Um oficial de Justiça entregou a determinação judicial autorizando a transferência.
O pedido foi acatado na terça-feira pela juíza Arlete Aparecida da Silva Coura, da 1ª Vara Criminal e Execuções Penais de Santa Luzia. De acordo com a magistrada, a decisão seguiu critérios objetivos. O primeiro deles é o cronológico. Neste ponto, são analisados os presos que estão na fila de espera para a transferência.
Outro critério é o perfil do preso. O juiz avalia se a pessoa vai se adaptar ao regime da Apac. A juíza procurou informações na Penitenciária Nelson Hungria e no Presídio de Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais, onde Bruno também cumpriu pena e acabou retornando para Contagem, e não descobriu nenhum impedimento para a transferência.
O caso Eliza
Eliza Samudio desapareceu em 2010. O corpo dela nunca foi achado. A mulher tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade da criança.
Bruno Fernandes foi condenado pela Justiça de Minas, em março de 2013, a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.
Já publicado:
Escritório de Ipatinga assume defesa do ex-goleiro Bruno - 18/06/2015
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