28 de outubro, de 2014 | 06:59
Timóteo tem noite violenta
Duas pessoas foram executadas a tiros e polícia está sem pistas dos assassinos
Atualizada - 16h50 ; 28/10/2014
TIMÓTEO Sobe para 22 o número de pessoas assassinadas em Timóteo este ano. O índice aumentou na noite de segunda-feira (27), após duas pessoas serem mortas a tiros. Os crimes ocorreram nos bairros Petrópolis e Recanto Verde.
O primeiro caso foi registrado na rua Benedito Moreira Andrade, esquina com a rua 10, no bairro Petrópolis. Márcio Araújo Gomide, 18 anos, foi alvo de vários disparos de arma de fogo. A informação apurada é que ele foi alvejado por sete tiros, que lhe atingiram a cabeça, tórax e costas.
A reportagem do DIÁRIO DO AÇO esteve no local e apurou que Márcio estava em uma motocicleta Honda Titan, quando foi perseguido pelos seus executores. Mesmo atingido pelos tiros, a vítima abandonou a motocicleta, correu e tentou escapar da morte. Ele caiu poucos metros à frente, sem vida.
O sargento PM Lidir informou que a vítima já era conhecida no meio policial. Quando chegamos ao local, encontramos a vítima caída próximo a um bar e já sem vida. Esse jovem que morreu já é conhecido no meio policial, por envolvimento em crimes contra o patrimônio, tráfico de drogas, além da suspeita de envolvimento em um homicídio que ocorreu nos últimos meses”, afirmou.
Vizinhos, moradores das proximidades do local do crime, disseram à Polícia Militar que não viram nada, apenas escutaram os tiros e, quando foram averiguar o que era, encontraram o corpo caído ao solo. Ninguém soube nos repassar informações quanto a autoria. De qualquer forma, a população que tiver algum dado a nos passar pode entrar em contato pelo 190 ou 181. Nosso trabalho sempre tem mais êxito com esse apoio da população”, afirmou.
A família nega envolvimento da vítima com crimes. Marcos Araújo, irmão de Márcio, lamentou o assassinato. Eu estava em casa fazendo janta quando o telefone tocou e um vizinho me avisou que o corpo do meu irmão estava no chão. Saí de casa correndo e quando cheguei vi ele morto. Ele tentou correr, mas não deram chance a ele. Meu irmão estudava o dia todo, fazia Senai, e hoje, não sei porque, ele não foi à aula, e acabou assassinado”, lamentou. Márcio era solteiro, estudante, e não tinha filhos.
Outro, no bairro Recanto Verde
O segundo homicídio registrado em Timóteo é de Anderson de Assis, o Fedeno, de 35 anos. Ele foi morto a tiros na rua Maçaranduba, no bairro Recanto Verde na noite de segunda-feira (27). O crime ocorreu cerca de 1h depois do assassinato registrado no bairro Petrópolis.
O sargento Coelho, da Polícia Militar, informou que Fedeno tem diversas passagens pela polícia pela prática de diversos tipos de crimes. Já teve participação em sequestro, é investigado por tentativas de homicídio e homicídio consumado. Há pouco tempo cumpria pena em Belo Horizonte, mas atualmente estava solto. Fomos consultar o sistema integrado de segurança pública e descobrimos que consta em aberto contra Anderson Assis um mandado de prisão”, detalhou o sargento. Entre os crimes pelos quais pagava cadeia está o sequestro de um jornalista aposentado, ocorrido há cerca de dez anos, em Coronel Fabriciano, quando agiram com extrema violência.
A polícia também apurou que, na noite em que foi morto, Anderson apareceu nas ruas do bairro Recanto Verde na companhia de outro homem, já identificado. Um motociclista aproximou-se do local onde estavam a vítima e o amigo, na rua Maçaranduba, sacou uma arma de fogo e fez os disparos, que foram fatais. O homem que estava com Anderson fugiu.
O Fedeno é natural do bairro Primavera. Atualmente, ele morava no bairro Limoeiro, com uma tia. Apesar de cumprir prisão domiciliar, ele também possuía um mandado de prisão em seu desfavor, como já informado”, acrescentou o sargento.
As pessoas que presenciaram o homicídio evitam detalhar o que viram. A polícia ainda faz levantamentos acerca da autoria do crime. Ele usava um cordão de ouro de grande valor, mas mesmo assim descartamos o crime de latrocínio. O Fedeno tinha muitos desafetos e em todos os bairros que já morou era temido. Acreditamos que o autor foi um desses desafetos dele”, afirmou.
Anderson tinha seis filhos. Antônio Malaquias, pai de Anderson, disse não saber que matou o filho. É a Justiça que vai correr atrás e apontar quem é. Só me falaram que ele veio aqui receber de um rapaz, mas não sei se tem algo a ver com essa cobrança. Meu filho sempre aprontou, a gente dava conselho e ele não escutava, pedi pra ele sair do mundo do crime, mas não me ouviu, e acabou morrendo. Não me ouviu, e agora vai pro IML”, afirmou.
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