23 de agosto, de 2014 | 00:05

Treze pessoas condenadas por tráfico de drogas em Timóteo

Operação levou à prisão um grupo de pessoas e à apreensão de drogas, armas e produtos relacionados ao tráfico de entorpecentes

DA REDAÇÃO - Treze pessoas, envolvidas com o tráfico de drogas, associação ao tráfico, corrupção de menores e falsificação de documentos no distrito de Cachoeira do Vale, em Timóteo, foram condenadas. A decisão, sentenciada pelo juiz Luiz Eduardo Oliveira Faria, saiu na segunda-feira (18). Apenas um dos réus cumprirá a pena em regime aberto.

Desencadeada pela Polícia Civil de Timóteo no início de 2013, a Operação Cachoeira levou à prisão um grupo de pessoas e à apreensão de drogas, armas e produtos relacionados ao tráfico de entorpecentes.

Os alvos das abordagens eram Rafael Lagares Soares, Erick da Silva Viana, Henrique Martins Tavares, Deividson Bruno Chaves, Guilherme Costa Alves, Rafael Figueiredo Júnior, Istamiro Santos Batista, Fredman Da Silva Lima, Vivianderson Silveira Rodrigues, Ítalo Higor Oliveira Komatsuzaki, Ariane Caputo Siqueira, Moisés Soares Lagares e o proprietário de uma joalheria de Coronel Fabriciano.

As investigações coordenadas pelo delegado de Polícia Civil, Gilmaro Alves, renderam um calhamaço com cerca de 4.500 páginas, distribuídas em sete volumes. Ao concluir o inquérito, o delegado indiciou 17 pessoas, e dentre elas, 13 foram condenadas.

Organização

Conforme consta no inquérito, o grupo criminoso era organizado em funções. O cabeça da facção criminosa, que permanece foragido, era Rafael Lagares. Rafael morava no bairro Giovanini, em Coronel Fabriciano, e fornecia drogas a Erick, o Guga, que repassava a menores de 18 anos para a revenda. Consta no inquérito que os adolescentes eram os que vendiam os entorpecentes nas ruas. Na conclusão das investigações, o delegado também fez constar no relatório que Erick utilizava seu perfil em uma rede social para postar mensagens e fotos relacionadas ao crime.

Os demais integrantes do grupo moravam no bairro Bela Vista, em Timóteo, e no distrito de Cachoeira do Vale. Guilherme Costa era o contador da organização e os outros integrantes eram revendedores ou informantes.

Na segunda-feira, 18, o grupo foi julgado e condenado. Rafael e Erick, apontados como os coordenadores do grupo, foram condenados a 12 anos de reclusão em regime fechado. Henrique Martins, Deividson Bruno, Guilherme Costa, Rafael Figueiredo, Istamiro Santos, Vivianderson Silveira, Fredman da Silva, Ítalo Higor, Ariane Caputo e Moisés Soares foram condenados a 10 anos de reclusão em regime fechado. Foi negado aos réus o direito de recorrer em liberdade.

Um comerciante de Coronel Fabriciano, acusado de envolvimento com a facção criminosa, também foi julgado e condenado. Pesou contra o lojista a emissão de um documento que dava legalidade a peças de outro apreendidas com os suspeitos do tráfico. “Esse documento era uma fraude”, enfatizou o delegado Gilmaro.

Por causa do crime, ao comerciante foi aplicada a pena restritiva de direitos, com a prestação de serviços à comunidade por meio de tarefas gratuitas em entidades locais. O delegado Gilmaro Alves informou que, além de Rafael Lagares, Vivianderson Silveira também continua foragido. Vivianderson é suspeito de envolvimento em crimes contra a vida registrados em Coronel Fabriciano e Timóteo.

Além da condenação dos réus, o juiz também concedeu a autorização para que as drogas apreendidas durante as operações sejam incineradas.

JÁ PUBLICADO SOBRE O CASO:

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