04 de junho, de 2014 | 00:05

Trevo do Parque Caravelas terá radar

Local foi palco de vários acidentes graves nas últimas semanas


PARAÍSO - Técnicos de uma empresa terceirizada do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) iniciaram ontem a instalação de dois conjuntos de radar no trevo do bairro Parque Caravelas. Será instalado um radar na pista sentido Ipatinga/Governador Valadares e outro na pista do sentido contrário. A expectativa é que os equipamentos estejam montados até o fim desta semana e ficará à espera do Dnit liberar o seu funcionamento.

Os trabalhos começaram menos de 24 horas depois do trágico acidente, que na noite de segunda-feira, matou duas mulheres e deixou um homem gravemente ferido. Na noite do acidente, moradores, comerciantes e trabalhadores das proximidades aproveitaram a presença do DIÁRIO DO AÇO para reclamarem da falta de segurança no trevo, que não possui iluminação nem sinalização eficiente.

O comerciante  José Wilton afirma que o risco de acidente é muito elevado no local. “O que vemos aqui é resultado do descaso das autoridades. Fala-se em duplicação, mas veja isso aqui. Não tem nem iluminação, apesar do movimento intenso de veículos que entram e saem ou atravessam para os dois lados do bairro. É um completo estado de abandono. Apontam a imprudência dos motoristas, mas parece que fecham os olhos que o número de automóveis em circulação só aumenta e as vias não são preparadas para isso”, desabafou.

Silvia Cristina Silva Santos Batista, moradora do vizinho bairro Águas Claras, explica que a situação no local já era complicada, pois havia um trevo sem sinalização. “Depois que abriu o supermercado Mart Minas, toda semana que a gente passa aqui é no mínimo três acidentes, alguns fatais. Dá medo passar por aqui”, afirmou.

Há quatro anos, o pedreiro Joel Alves Ferreira trabalha na construção de um prédio ao lado do local do acidente da noite desta segunda-feira. Ele relata que a saturação do tráfego no local é assustadora. “E, por se tratar de uma reta, os motoristas aceleram fundo nos dois sentidos. Mesmo vendo que é área urbana, que tem um trevo, a maioria não quer saber, só passam chutado mesmo. Aí, quem precisa atravessar a pista, enfrenta esse perigo. Nestes quatro anos em que trabalho aqui, vejo que nos últimos dois meses piorou muito”, enfatiza.

O empresário Luciano Malta, que também trabalha nas proximidades, afirma que  só há uma saída, colocar quebra-molas ou um radar para coibir o excesso de velocidade no trevo. “Talvez, nem o radar vá resolver. Alguns motoristas aceleram mesmo com radar. É triste ver cenas como essa aqui, em que as pessoas perdem seus familiares”, afirmou.

Wôlmer Ezequiel


radar trevo


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