13 de abril, de 2014 | 00:05

Acusados de matar policial vão a Júri

Para a polícia, motivação do crime seria vingança


IPATINGA – Wesley Neves Santos Silva, o Timirim, Wesley Cândido Drumond e Daniel Wattson Costa Siqueira, sentarão no banco dos réus e serão julgados pela morte do cabo PM Amarildo Pereira de Moura, de 50 anos. A sessão do Júri Popular ocorre na segunda-feira, a partir das 9h, e será presidida pela juíza da 1º Vara Criminal da comarca de Ipatinga, Ludmila Lins Grilo.

 

O assassinato do policial militar ocorreu em 8 de fevereiro de 2013. Consta nos autos do processo que o trio aproveitou o momento em que o policial passava por uma estrada no bairro Águas Claras, zona rural de Santana do Paraíso, e o executou. Além de matarem o militar, o trio roubou sua motocicleta e seu revólver calibre 38.

 

O crime teve uma apuração recorde. Em menos de 24 horas, o nome de todos os envolvidos já eram conhecidos e os suspeitos foram presos em cerca de quatro dias.

 

Para a polícia, a motivação do crime foi vingança. Timirm acusava o cabo PM Amarildo de ser o responsável pela morte de seu pai, Geraldo da Silva Pinto. O acusado chegou a jurar o militar de morte.

 

O advogado Eliseu Borges fará a defesa de Timirim. Conforme apontado por ele, a defesa trabalhará com a tese da negativa de autoria. “Ele é inocente, e a defesa comprovará essa tese. Seguirei a linha da negativa de autoria, até porque, há o cartão de ponto que comprova que na data do crime ele estava trabalhando. Não há dúvidas, para a defesa, de que o réu é inocente”, afirmou.

 

Wôlmer Ezequiel


tenente-coronel Edvânio carneiro


 

Em conversa com o DIÁRIO DO AÇO, o tenente-coronel Edvânio Carneiro, que assumiu o comando do 14º Batalhão da Polícia Militar no dia do assassinato do cabo, afirmou que a morte do policial é um crime absurdo. “Esse é um caso muito sério. Espero que os réus possam se defender, mas que após analisadas as falas da defesa e da acusação, que eles venham a ser condenados. Um agente do estado, quando é atacado, merece uma atenção especial. Não podemos permitir que bandidos venham a atacar policiais, é um absurdo. Isso não existe em lugar nenhum do mundo. E esse Júri vem como exemplo, para que um crime assim não ocorra novamente. Quero que eles sejam julgados, que respondam pelo crime que praticaram”, afirmou.

 

Para Edvânio Carneiro, o homicídio do policial militar é um crime que atinge não só a corporação, mas todo o estado, desde os governantes a população. “É triste saber que no país existem bandidos que comemorem a morte de um policial. É preocupante. Quem mata um policial deveria receber uma sanção até maior. Porque quando se mata um agente do estado o desafio não é apenas para a polícia, é para o Estado. Fere a população de bem, que precisa daquele agente. Vivemos em um país democrático, e isso significa o cumprimento de normas e de leis por parte de todos. Então desafiar o Estado por meio da morte de um policial é algo lamentável”, concluiu.

 

O QUE JÁ FOI PUBLICADO:

Cabo PM sepultado em Inhapim - 09/02/2013

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