09 de julho, de 2013 | 15:46
Timirim vai prestar depoimento e acaba preso
Principal suspeito de envolvimento em morte de cabo PM volta para a prisão
IPATINGA O protagonista de um dos crimes de grande repercussão no Vale do Aço voltou para a prisão na tarde dessa terça-feira. Acusado de ser um dos envolvidos no assassinato de um cabo da Polícia Militar, Wesley Neves Santos Silva, de 26 anos, conhecido como Timirim, foi participar de uma audiência no Fórum Valéria Vieira Alves nessa terça-feira e acabou recolhido à prisão.
Ele tinha em aberto um novo pedido de prisão preventiva da Promotoria de Justiça Criminal, acatado pela juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga, Ludmila Lins Grilo. Além do caso do cabo Amarildo, Timirim responde na Comarca de Ipatinga por outros dois crimes contra a vida.
Wesley Neves, o Timirim, é acusado pela polícia de ser o mentor e um dos autores da execução do cabo PM Amarildo Pereira de Moura, de 50 anos, ocorrida no dia 8 de fevereiro deste ano, no que possivelmente foi uma emboscada na estrada do sítio Manancial, no bairro Águas Claras, em Santana do Paraíso.
Outras duas pessoas estão presas, acusadas de participação nesse crime. Wesley Cândido Drumond e Daniel Wattson Costa Siqueira, que também participaram da audiência na tarde de ontem, permanecem presos. Eles são suspeitos de ter ajudado Timirim a executar o militar.
Timirim era o único dos suspeitos que estava solto. No dia 13 de junho, ele foi liberado do presídio de Ponte Nova. Naquela época, houve excesso de prazo na prisão temporária de Wesley Neves. O advogado que atua na defesa do suspeito, Elizeu Borges Brasil, entrou na 1ª Vara Criminal de Ipatinga com o pedido de relaxamento da prisão do cliente e conseguiu o deferimento de um alvará de soltura.
Motivação
Para a polícia, a motivação do crime foi uma vingança. Há aproximadamente três anos Timirim acusava o cabo PM Amarildo de ser o responsável pela morte de Geraldo da Silva Pinto, o pai do acusado. Geraldo, que era funcionário da Prefeitura de Ipatinga, foi assassinado na rua Acácia, bairro Águas Claras, em Santana do Paraíso. Testemunhas afirmam que Timirim tinha jurado de morte o cabo PM.
Entenda
O assassinato do cabo Amarildo teve uma apuração recorde. Em 24 horas, os nomes de todos os suspeitos de envolvimento já estavam apurados e todos foram presos em menos de quatro dias. Um complicador neste caso foi a execução, no dia 22 de fevereiro, de Sebastião Ludovino de Siqueira, 66 anos. O idoso era pai de Daniel Wattson, um dos suspeitos de envolvimento na morte do cabo Amarildo. O assassinato de Ludovino foi atribuído a uma vingança.
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