15 de maio, de 2013 | 18:21

Filipim Branco responderá por homicídio no Veneza

Investigações apontam o acusado de explosões de caixas eletrônicos como o autor de execução em fevereiro de 2012


IPATINGA - Preso na semana passada, após uma longa perseguição policial, Fellipe Moreira Quirino, o Filipim Branco, 21 anos, poderá responder por mais um crime. Investigações da Delegacia Adjunta de Crimes contra a Vida (DACcV) apontam o acusado de envolvimento em explosões de caixas eletrônicos de bancos como o principal suspeito da morte de Jamerson Andrade dos Santos Oliveira, 30 anos, executado em fevereiro de 2012, no bairro Veneza II.

Passados 15 meses do registro do homicídio, a equipe comandada atualmente pelo delegado Eduardo Vinicius pode ter desvendado o crime. As últimas peças do quebra-cabeça foram montadas com o resultado da microcomparação balística realizada pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Estado de Minas Gerais. O órgão analisou os projéteis retirados do corpo da vítima e a arma calibre 380 apreendida após diligências em poder de um comparsa de Filipim Branco, o mecânico montador Wagner Gonçalves de Azevedo, de 31 anos.

Em depoimento, Wagner confessou que apenas guardava o revólver, mas a arma de fogo seria de Filipim Branco. Com a prisão de um dos homens mais procurados de Minas Gerais (na avaliação da PM) na última semana, agora o inquérito será concluído, juntando a evidência a uma série de depoimentos e informações coletadas pela Polícia Civil. Um mandado de prisão deverá ser expedido, e o documento enviado à Justiça.

Filipim Branco permanecia, até à tarde de ontem, internado no Hospital Márcio Cunha, sob a escolta da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). Ele foi preso dentro de um paiol, no município de Naque, atingido por três disparos de arma de fogo, em intensa troca de tiros que envolveu as polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar. Especialista em fugas mirabolantes após as explosões de caixas eletrônicos, ele tentava escapar de um cerco iniciado em Governador Valadares, quando foi atingido e separou-se do seu bando.

Reprodução


Filipim


Crime
O homicídio de Jamerson Andrade, do qual Filipim é acusado, foi registrado na noite do dia 28 fevereiro de 2012, na rua Niterói, em frente ao número 1.149, no bairro Veneza II, em Ipatinga. Jamerson Andrade dos Santos Oliveira foi atingido por pelo menos nove tiros de uma arma calibre 380.

A vítima estava na companhia de um rapaz em uma pizzaria, quando passou uma motocicleta Honda CB-300, de cor preta, com dois ocupantes. Quando retornou, o carona, de posse de uma arma de fogo na mão esquerda, efetuou vários disparos contra Jamerson. A dupla fugiu em seguida, no sentido do bairro Parque Caravelas.

Já com ficha criminal, Jamerson tinha respondido, anteriormente, a crime por homicídio. A possibilidade de vingança foi, inclusive, o fator que norteou inicialmente as investigações, conforme recorda o delegado da DACcV Eduardo Vinicius. “Durante a investigação, essa linha não encontrou respaldo, uma vez que foi encontrada a arma periciada”, acresceu o delegado.

Eduardo esclarece que o crime teria sido cometido em razão de um desentendimento entre Filipim Branco e Jamerson, dias antes da execução.

“Os autos apontam que Jamerson tinha se envolvido com uma garota em uma boate, e Filipim foi tirar satisfação. Jamerson o teria confrontado, dizendo que ‘pegou mesmo’ sua mulher. Após o desentendimento, Filipim não teria partido para a agressão e, passados alguns dias, a vítima foi executada”, narrou.  
 

Wellington Fred


Eduardo Vinicius_delegado homicidios Ipatinga

 

Desfecho
Ainda sob o comando da delegada Irene Angélica Franco, a equipe da Delegacia Adjunta de Crimes contra a Vida ouviu testemunhas, juntou informações anônimas e chegou a Wagner Gonçalves.

“Demandou trabalho, e nós concluímos juntando várias ocorrências como o furto da moto e a apreensão da arma. Montado o quebra-cabeça, ficou desvendado que o Filipim está envolvido nessa morte e foi o executor, juntamente com seu comparsa, o Wagner”, destacou o delegado.

Fellipe Moreira Quirino, contudo, nega participação no homicídio e afirma, inclusive, não conhecer a vítima.
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