08 de maio, de 2013 | 00:05
Família pede agilidade na apuração de homicídio
Mulher de jovem assassinado em sítio em Belo Oriente no fim de semana relata momentos que antecederam a morte do marido
BELO ORIENTE A família do jovem Max Miller Gonçalves Souza da França, de 22 anos, residente na rua Boa Vista, pede agilidade na apuração da motivação do crime. Max Miller foi morto a tiros em uma festa realizada em um sítio, na madrugada de domingo. O principal suspeito do crime, conforme registro feito pela Polícia Militar a partir do depoimento de testemunhas, é Luiz Carlos Estevão, de 36 anos. Há outro suspeito de envolvimento no homicídio, também sob investigação.
Ontem, a comerciante Graziele Gonçalves Souza da França Boles procurou o DIÁRIO DO AÇO para pedir justiça na apuração do caso do assassinato de seu irmão. Graziele disse que, diferentemente do que fora divulgado anteriormente, seu irmão não foi morto em uma festa de aniversário. Era uma festa particular, em que se pagava R$ 10 para entrar, com bebida também paga no interior. Havia cartaz na cidade inteira anunciando esta festa. O sítio é alugado para esta finalidade, e o fato é que eu deixei lá o meu irmão vivo e recebi o corpo dele num caixão”, desabafou a comerciante.
Graziele acrescentou que Max Miller estava acompanhado, na festa, da mulher dele, que testemunhou o crime. Em estado de choque, ela veio para Ipatinga e acompanhou, na segunda-feira, o sepultamento do marido. Miller teve o corpo enterrado no Cemitério Parque Senhora da Paz, porque a família é de Ipatinga.
Covardia
Karine Carla, de 19 anos, tem três filhos com o montador de andaime e mecânico Max Miller. A filha mais velha tem três anos de vida. Karine é testemunha ocular do assassinato do marido, com quem morava havia seis anos. O homicídio ocorreu dentro de um salão onde ocorria uma festa no sítio. Ela conta que saiu de casa para se divertir, mas a intenção resultou em tristeza.
Karine disse que estavam todos dançando. Ela, em uma roda com as amigas, e Max em outra, com os amigos dele. A confusão começou quando alguém lançou um spray de pimenta que atingiu várias pessoas.
Mesmo sem saber definir quem iniciou a provocação, Karine conta que, na sequência, teve início uma briga entre os homens. As mulheres procuraram abrigo em outro canto do salão.
Vi quando Max separou a briga de um colega dele, mas fez isso sem agredir ninguém. Nesse momento, eu o chamei pelo nome, mas ele não me escutou. Parecia que estava tudo armado. Vi quando um rapaz sacou uma arma e disparou no peito dele. Max chegou a correr dentro do salão, mas não aguentou a dor e caiu no chão. Foi guando juntaram pelo menos três pessoas e deram chutes nele, já atingido pelo tiro. Um deles virou para mim, olhou no meu olho e disse que só não daria mais tiros porque naquele dia estava bonzinho. Comecei a gritar e a pedir socorro”, detalhou a jovem.
Karine desconhece que Max Miller recebesse qualquer ameaça. Ela já falou para a Polícia Militar sobre o que testemunhou e aguarda ser chamada para prestar depoimento. Espero que seja feita justiça. O que fizeram foi uma covardia, concluiu.
A polícia já tem os nomes de todos os suspeitos de envolvimento no crime, e o inquérito está aberto na Delegacia de Polícia Civil de Belo Oriente.
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