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23 de abril, de 2013 | 14:11

Em menos de 12 horas, o segundo homicídio

Garota com várias passagens pela polícia é morta a tiros nas margens da lagoa do bairro Planalto. Forças policiais ocupam o bairro em busca de suspeitos.


IPATINGA – A briga pelo espaço do tráfico de drogas pode ter sido a causa do assassinato de Ariadna Cristine Oliveira, 20 anos, ocorrido no início da tarde desta terça-feira, 22, no Planalto, próximo à lagoa existente naquele bairro. A reportagem esteve no local e apurou que tudo começou com uma troca de tiros à margem da lagoa.

Em seguida, a PM recebeu informações de que uma pessoa havia sido alvejada e estava caída no local do tiroteio. Uma ambulância do Samu chegou ao local, mas Ariadna Cristine já estava morta. A perícia da Polícia Civil constatou 29 perfurações no corpo da jovem.

Esta foi a segunda morte em menos de 12 horas em Ipatinga. O primeiro crime ocorreu no fim da noite de segunda-feira, na rua Bardana, bairro Chácaras Madalena, onde foi assassinado a tiros Renato Lopes de Souza, 19 anos. 

Na execução de ontem, no Planalto, vários policiais militares e civis comparecem ao local, que ficou lotado de curiosos. Após a remoção do corpo de Ariadna para o Instituto Médico-Legal, em nova confusão, foram escutados novos disparos de arma de fogo. Houve muito corre-corre, gritaria e perseguição, quando a PM apreendeu dois adolescentes acusados do homicídio. As armas utilizadas no crime não foram localizadas até o fechamento desta edição.

O comandante da 82ª Cia. de PM, capitão Ademir Dias, informou que, durante a ocorrência, os nomes dos adolescentes foram apontados por diversas testemunhas. “Como eles já são conhecidos da polícia e sabíamos onde eles moravam, fomos até a casa de um deles. No momento da abordagem, outro colega pulou os muros e os dois foram capturados do outro lado da rua. Eles negam, mas o crime possivelmente foi motivado por atrito referente ao tráfico de drogas”, declarou o capitão.

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O oficial disse que possivelmente foram usadas duas armas, em razão da quantidade de perfurações. Ademir Dias descartou a possibilidade de o crime ter relação com a briga entre gangues dos bairros Planalto e Veneza. “Não acredito que envolva briga de gangues, mas acerto de drogas, pois eram todos do mesmo bairro”, comentou.

Ariadna Cristine tinha várias passagens pela polícia. “Ela era conhecida pela prática de tráfico de drogas e uma tentativa de homicídio. Operações e policiamento estão sendo intensificados para reduzir crimes nessa região”, salientou o capitão.

Após o crime, dezenas de policiais civis e militares tomaram conta do bairro. Foi uma movimentação anormal, em relação ao que ocorre tradicionalmente após os crimes de execução. Fortemente armados, sobre as lages das casas, os agentes vasculharam locais suspeitos em busca de informações, cenas típicas daquelas que se acompanham nas operações no Rio de Janeiro.  

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