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19 de outubro, de 2012 | 00:05

Médico é absolvido por Júri Popular

Acusado da morte da mulher há oito anos foi a julgamento nessa quinta-feira no Fórum de Ipatinga


IPATINGA – O médico Adhemar Dias Figueiredo Neto foi absolvido da acusação de matar a sua mulher, a também médica Rossana Nunes de Deus Figueiredo. O Júri Popular acatou a tese da defesa de negativa de autoria. A decisão é passível de recurso pelo Ministério Público, que acusava o médico.

A morte de Rossana ocorreu em 1º de outubro de 2004. Na madrugada, a mulher foi encontrada sem vida sobre o piso da garagem da residência do casal, próximo a uma escada, na rua Caviúna, no bairro Horto. O marido foi indiciado e processado como o principal suspeito, mas sempre negou. Ontem, Adhemar foi absolvido pelo Conselho de Sentença.

O julgamento ocorreu nessa quinta-feira (18) no Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga. Segundo denúncia do Ministério Público (MP), o casal vivia em constantes desentendimentos e, na noite dos fatos, ele matou a mulher e deixou o corpo próximo da escada, a fim de simular a ocorrência de um acidente. Ainda segundo o MP, após o crime, o acusado se dirigiu para o quarto em que a sogra e os filhos estavam, dizendo ter ouvido um barulho, mas recebeu como resposta que o som não vinha do local mencionado.

Ainda conforme o MP, no dia do crime, Adhemar saiu do quarto em que estava com a sogra e os filhos e gritou por sua mãe, para que acionasse o Samu, falando que sua mulher havia caído da escada, mas ela já estava morta.

O exame de necropsia no Instituto Médico-Legal (IML) de Ipatinga contestou a alegação do médico. Para o IML, as lesões constatadas na médica, em especial as internas, foram provocadas por golpes violentos externos. Na época, o médico se defendeu dizendo que o acidente foi provocado por falhas na estrutura da escada.

O MP pediu a condenação pelo crime de homicídio, que teria como motivação o fato de o médico ser beneficiário de um seguro de vida feito por sua mulher Rossana no valor aproximado de R$ 200 mil. “Para isso, utilizando-se de meio cruel, por ter efetuado vários golpes em Rossana, causando-lhe uma morte lenta, dolorosa e agônica.” O julgamento, iniciado às 9h, foi encerrado às 16h45. A sessão do Júri foi presidida pelo juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira. O promotor de Justiça Bruno Schiavo representou o Ministério Público.

Recurso

O advogado coordenador da defesa, Jayme Rezende, chegou a entrar com um recurso junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), para evitar que Adhemar fosse levado a Júri Popular. No entanto, os desembarcadores do tribunal negaram provimento ao recurso, bem como não acataram agravo para o STJ.

Ontem à noite, por telefone, o advogado informou que o debate caminhou para o aspecto de medicina-legal acerca da natureza do traumatismo que levou Rossana à morte.

“Era um laudo permeado de equívocos. Nós trouxemos  o professor de medicina-legal da Universidade Federal de Santa Catarina, Zulmar Coutinho, que contestou o laudo. O Adhemar não podia ter mesmo matado Rossana, tinha saído recentemente de uma cirurgia aberta no joelho e não tinha condições de carregar o corpo”, concluiu.
 

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