04 de outubro, de 2012 | 00:00

Ipabense no banco dos réus em Omaha

Promotores pedirão hoje pena capital para ipabense acusado de planejar morte dos Szczepanik

DA REDAÇÃO – Deve ser concluído, nesta sexta-feira, em Omaha, estado de Nebraska, Estados Unidos, o julgamento do ipabense José Carlos Oliveira Coutinho, 31 anos. Ele é acusado de ser o mentor do assassinato da família Szczepanik, de Santa Catarina, que estava nos EUA em uma missão para a Igreja Assembleia de Deus. Em dezembro de 2009, desapareceram o empreiteiro, Vanderlei Szczepanik, a mulher dele, Jaqueline – ambos de 43 anos - e o filho do casal, Christopher, de 7 anos.
Reprodução TV Globo


Patrícia Oliveira.jpg

No quinto dia do julgamento, na terça-feira, Patrícia Barbosa Oliveira, 31 anos, a mulher de José Carlos, foi ouvida na Corte de Justiça. Ela reviu o marido depois de sete anos, desde que José Carlos saiu de Ipaba para trabalhar como mestre de obras para Vanderlei Szczepanik, deixando no Brasil ela e dois filhos.
Álbum pessoal


Casal assassinado.jpg

Os advogados de defesa, Horacio Wheelock e Todd Lancaster, questionaram se a brasileira não sentia culpa por depor contra o marido, ao que a mulher respondeu em português, traduzido para o inglês por um intérprete: "Quando você está ciente de um crime que foi cometido e você não denuncia esse crime, então você é tão culpado quanto os autores do crime. E eu não queria a culpa em mim", afirmou.
Além de Patrícia, a mulher de Valdeir Gonçalves, coautor do triplo homicídio, Wanderlúcia Oliveira de Paiva, 32 anos, também está nos Estados Unidos para depor no caso. Elas apenas repetem no tribunal a história que afirmaram na fase de investigação em 2011, quando sustentaram que ouviram dos maridos, por telefone, a confissão deles sobre o crime cometido.
Foi após o depoimento delas, na polícia, que Valdeir decidiu confessar o crime, informar a sua participação e delatar outros dois colegas, José Carlos, como o mentor, e o conterrâneo, Elias Lourenço, como coautor. Dos corpos jogados no rio Missouri, apenas o de Christopher teve as ossadas encontradas e a identificação confirmada em exame de DNA.
Após o depoimento de Wanderlúcia, que estava marcado para esta quarta-feira, os promotores deverão apresentar as provas do crime nesta quinta-feira. Se condenado, José Carlos Oliveira poderá pegar a pena de prisão perpétua ou pena de morte. A pena capital padrão é a injeção letal.
Valdeir Gonçalves testemunhou na semana passada contra seu amigo de infância. Segundo o jornal World Omaha, durante o depoimento ele “alternou entre a tristeza e o choro ao contar como foram as mortes”. Em resumo, Vanderlei foi espancado até a morte. Jaqueline e Christopher foram enforcados.
 
Reprodução Omaha World Herald


Tatiane Klein

Filha de vítima viaja aos EUA para clamar por justiça
O julgamento do ipabense José Carlos Coutinho é acompanhado pela brasileira Tatiane Klein, que está em Omaha, desde o dia 16 de fevereiro de 2010, para pedir justiça. Ela é filha de Jaqueline Klein Szczepanik. Na abertura do julgamento, semana passada, ela perdeu o controle ao entrar na sala do júri e deparar com José Carlos Coutinho. Quebrou o protocolo, dirigiu-se a ele e fez uma série de questionamentos em voz alta.
Foi advertida pelo juiz que preside o julgamento e teve que se acalmar. Depois, explicou ao jornal Omaha World Herald: “Ele viu o Christopher nascer, morou por anos com minha mãe e meu padrasto, já era considerado parte da família. Como pôde fazer isso? Por que ele matou minha família?”, indagou.
O motivação do crime, apurado pela polícia, e mantida até agora, é que José Carlos Oliveira Coutinho estava furioso com o amigo e patrão, Vanderlei Szczepanik, por ter recebido pagamentos em valores inferiores ao combinado. Segundo Valdeir, Coutinho sempre dizia que queria matar Vanderlei e perguntava se os outros dois ipabenses o iriam ajudar.
 
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