15 de agosto, de 2012 | 00:05
Concluído o inquérito da morte de adolescente grávida
Noiva de acusado de executar vítima no Limoeiro, amigo que deu fuga e familiares do suspeito também foram indiciados
IPATINGA A Delegacia Adjunta de Repressão aos Crimes Contra a Vida (DACCV) em Ipatinga concluiu nessa terça-feira (14) o inquérito do homicídio duplamente qualificado praticado contra Mikaela Gonçalves Pereira, 16 anos, que esperava um filho de Walace Moreira da Silva, 20 anos. O crime ocorreu em 17 de abril de 2012, e o principal suspeito é o próprio Walace.Segundo a delegada titular da DACCV, Irene Angélica Franco e Silva Guimarães, após quatro meses de investigação e, por meio de um trabalho de inteligência policial desenvolvido pela Polícia Civil, Walace já havia sido preso na companhia de sua companheira em uma residência em Guanhães.
Após a prisão de Walace foi possível também a prisão do suspeito de coautoria do crime, Deibert Bruno de Souza Ferreira, o Bil, na sexta-feira (10). Ele foi encontrado no distrito de Barra Alegre, em Ipatinga.
A prisão foi decorrente do cumprimento de mandado de prisão temporária decretada pelo juízo da 2ª Vara Criminal de Ipatinga. Para perpetrar o crime, Deibert transportou Walace em uma motocicleta para o encontro com a adolescente, que fora atraída para um local ermo com o pretexto de Walace lhe entregar dinheiro para a realização de um exame de ultrassonografia. No local combinado, Walace a alvejou de surpresa na cabeça e pescoço”, explicou a delegada.
Interrogado, Deibert negou a coautoria do crime, mas não soube explicar as provas que o ligam a Walace. Ainda segundo a delegada, outras pessoas foram indiciadas pelo homicídio qualificado praticado por motivo fútil e à traição, de Walace e Deibert, bem como da noiva de Walace, Janieli Santana Cassimiro. A mulher é acusada, no inquérito, de ter instigado a ação. Foram indiciados, ainda, familiares de Walace que o auxiliaram na fuga e proporcionaram esconderijo, pelo crime de favorecimento pessoal.
A gravidez de Mikaela era um problema. Walace era pressionado pela noiva para tomar uma atitude em relação a essa gravidez. Além disso, no dia do fato a família da Mikaela começou a pedir dinheiro para fazer uma ultrassonografia. Juntou as duas coisas, o capricho da noiva que queria Mikaela fora do caminho, juntamente com a perspectiva de despesas com o filho, que foi o alimento para se iniciar na cabeça do Walace esta vontade de cometer o homicídio, que veio a culminar na noite do dia 17 de abril, neste crime”, concluiu.
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