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05 de agosto, de 2012 | 00:05

''Não dá para descrever a dor que sentimos''

Filha cobra punição ao autor de acidente que matou seus pais no bairro Limoeiro, em Ipatinga

Um episódio ocorrido na noite de 26 de fevereiro de 2011 é lembrado de forma dolorosa por familiares e amigos dos idosos José Raimundo Rodrigues, 78 anos, e Luzia Júlia Rodrigues, de 71. Um veículo ficou sem o controle de direção e atropelou, além do casal, outras três pessoas na rua Morangos, no bairro Limoeiro. O motorista responsável pelo acidente está impune, e a família cobra por justiça.
Arquivo DA
O carro atingiu José Raimundo Rodrigues, de 78 anos e Luzia Júlia Rodrigues, de 71, que não resistiram e morreram. Outras três pessoas também foram atropeladas, tiveram ferimentos, mas sobreviveramO carro atingiu José Raimundo Rodrigues, de 78 anos e Luzia Júlia Rodrigues, de 71, que não resistiram e morreram. Outras três pessoas também foram atropeladas, tiveram ferimentos, mas sobreviveram


À época, o Gol prata, placas HHS-0343 (João Monlevade), conduzido por V.L.B., ficou descontrolado e atropelou os dois idosos, que estavam sentados em um banco, e outras três pessoas nas proximidades. A revolta da população, querendo linchar o responsável pelo acidente, foi contida por reforço da Polícia Militar. O motorista, que, segundo a família das vítimas, estaria alcoolizado, teve que se refugiar dentro de um estabelecimento comercial para escapar da fúria dos populares.

Filha dos idosos mortos no acidente, Maria Marcilene Rodrigues Silva se emocionou ao lembrar do ocorrido em entrevista ao DIÁRIO DO AÇO. “Perdi os dois ao mesmo tempo. Um foi sepultado no domingo e outro, na segunda-feira. Não dá para descrever como me sinto com tudo isso. É algo que a gente não esquece nunca. Faz um ano e seis meses e, desde então, são os dias dos Pais, das Mães, datas de aniversários deles, sem tê-los por perto. É uma dor terrível”, desabafa.

Maria Marcilene conta que José Raimundo e Luzia Júlia deixaram oito filhos, 16 netos e bisnetos. “Tenho dois filhos. O de cinco anos não entende bem a situação, mas o mais velho, de 10 anos, sofreu demais a perda dos avós. Todo mundo ficou revoltado. Não somente nós da família, como também os vizinhos, os muitos conhecidos dos meus pais, as outras vítimas”, narra, com emoção.

Impunidade
O inquérito policial que investiga o caso está em “dilação de prazo” – conforme consulta da numeração do processo no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O adiamento da representação processual provocou a indignação dos familiares. “Queremos justiça. Que ele pague pelo que cometeu. Se ele não é punido, o mesmo que aconteceu com meus pais pode se repetir com outras pessoas. O acidente fez outras vítimas, mas os outros atualmente passam bem. Meus pais, não”, cobra Maria Marcilene.
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