12 de julho, de 2012 | 00:05

Jovem é executado a tiros em Timóteo

"Meu filho tinha a morte anunciada por envolvimento com criminosos", desabafa a mãe

TIMÓTEO – A ousadia dos criminosos não tem limites. Um rapaz de 23 anos, testemunha de um crime contra a vida, foi morto a tiros na noite de terça-feira, em Timóteo, depois de ter sido ameaçado por criminosos. O homicídio foi registrado por volta das 19h50, na rua Honduras, bairro Ana Rita, em Timóteo. A vítima foi Osman da Cruz Alves, 23 anos, conhecido como “Mazinho”.
Acionados por vizinhos que ouviram tiros, policiais militares encontraram Osman caído ao solo, já sem vida, e com diversas perfurações de arma de fogo.
Segundo o relatório policial, testemunhas contaram que Osman estava envolvido com o tráfico de drogas e que, dias antes da tentativa de homicídio de Gesiel Batista Pinto, ocorrida no dia 28 de maio, os suspeitos J.C.O., 22 anos, e L.A.F., 22 anos, determinaram que Osman executasse Gesiel. Osman não acatou a ordem, mas também ficou como suspeito da tentativa de homicídio, porém não foi preso.
Osman prestou depoimento na Delegacia de Polícia Civil na terça-feira (10) pela manhã, mesmo ameaçado de morte. Testemunhas contaram à PM que, momentos antes da morte de Osman, o suspeito J.C.O. ligou em seu celular para que fosse buscar drogas. Logo depois, ligou para um irmão de Osman contando que o rapaz estava morto. A PM já levantou os nomes de dois suspeitos que estavam no local do crime. Entre eles, um é apontado como o chefe do tráfico de drogas nas proximidades. Na casa dos suspeitos foram apreendidos uma bucha de maconha, um notebook sem nota fiscal e celulares para as investigações das ligações. Apenas um suspeito foi detido. O outro ainda é procurado.

Desabafo
A mãe de Osman, Maria Aparecida da Cruz Alves, contou ao DIÁRIO DO AÇO que ele deixou dois filhos, um menino de 2 anos e uma menina de um mês. Comentou ainda sobre o depoimento que Osman prestou na Delegacia de Polícia Civil na terça-feira, antes de ser morto.
“Foi intimado e prestou depoimento. E assim que chegou em casa ligaram para ele. Eu não sei o que Osman disse à polícia, mas eu estava preocupada porque ele tinha falado comigo que não ia falar nada, pois não tinha visto nada. Ele só ouviu os tiros e não teve participação em crime algum”, explicou.
Para Maria Aparecida Osman era um bom filho, entretanto, envolveu-se com quem não deveria e, por isso, acabou morto. 
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Mak Solutions Mak 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário