02 de março, de 2012 | 00:05
Viciada em crack encontrada morta no ribeirão Ipanema
Tentamos de todas as maneiras retirar Simone da rua e levá-la para casa mas, ela sempre voltava para o crack", desabafa o pai
IPATINGA Será sepultado na manhã desta sexta-feira (2) no Cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga, o corpo de Simone Alves de Souza Araújo, de 39 anos, encontrada caída dentro do ribeirão Ipanema, próximo à ligação entre o Centro de Ipatinga e o bairro Vila Ipanema, por volta das 8h de ontem (1º). Ao fim da tarde de ontem chegou-se à conclusão que Simone morrera vítima de esganadura. Ela era usuária de crack.
O sargento do Corpo de Bombeiros de Ipatinga, Elves Alves, informou que a sua equipe foi acionada pelo telefone 193 e foi deslocada para o local, onde constatou-se que havia um corpo boiando no raso do ribeirão Ipanema. Ao chegar ao local aguardamos a chegada da Perícia da Polícia Civil de Ipatinga, para retirarmos o corpo da água e foi verificado que a mulher tinha dois ferimentos contundentes no crânio de 3 cm a 5 cm”, contou.
A testemunha Amanda Cristina contou à reportagem do DIÁRIO DO AÇO, que a vítima Simone de Souza era usuária de crack e morava debaixo do pontilhão de ferro, na entrada do bairro Veneza II. Ela tem família no bairro Limoeiro, que sempre vem buscá-la, mas, ela sempre volta”, relatou.
Amanda relatou, ainda, que sempre chamava Simone para lavar as vasilhas e roupas em sua casa. A testemunha disse que a mulher não tinha problema de relacionamento com ninguém, e nunca ouviu dizer que tenha furtado objetos nas casas que frequentava. Pelos hematomas no corpo, ela pode ter caído de cima da ponte ou alguém a agrediu, pois, ficou bem machucada na cabeça. Ela ficava na ponte usando droga e pode ter caído, como já ocorreu com outra mulher. Mais uma vida se foi a troco de nada”, afirmou.
Desabafo
Por volta das 16h desta quinta-feira, José Alves de Souza, o pai de Simone, contou ao DIÁRIO DO AÇO, que saiu durante toda a quarta-feira para procurá-la e levá-la de volta para casa, mas, não a encontrou.
Tentamos de todas as maneiras retirar Simone da rua e levá-la para casa mas, ela tinha os problemas com o crack e saía para fumar na rua. Durante mais de 10 anos vivemos nesta luta e não conseguimos retirá-la do vício. Hoje, infelizmente, ela morreu. Estou muito arrasado, pois, não temos mais nada para fazer a não ser dar a ela um sepultamento digno”, desabafou.
Ainda segundo José Alves, sua filha tinha muita afinidade com ele. Ela trabalhava como doméstica dando faxinas e lavando roupas nas casas das pessoas. Simone deixou os pais, José Alves de Souza e Iracilda de Oliveira Souza e dois filhos, um de 20 anos e outro de 22 anos.
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