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30 de abril, de 2010 | 21:45

Pai e filho matam a golpes de canivete

Reprodução


JOSÉ SIMÃO, MORTO EM AÇUCENA

AÇUCENA - O ajudante José Simão Rodrigues da Silva, de 36 anos, morreu com 11 golpes de canivete após uma briga na madrugada de sexta-feira (30). Ele esfaqueou o olho do desempregado Maciel Vieira da Silva, 19 anos, na praça da Independência, no distrito de Aramirim. Mesmo ferido, o rapaz conseguiu tomar a arma e desferir vários golpes contra seu agressor, que morreu sem conseguir socorro. Além de Maciel, o seu pai também participou do crime.
A confusão começou por volta de 1h da madrugada, segundo a dona de casa Laís Donata de Oliveira, 36 anos. Ela conversava com José Simão e Maciel Vieira, amigos que ingeriam bebida alcoólica. Por motivos não esclarecidos, os dois iniciaram uma discussão. O ajudante sacou um canivete, atingindo o rival com um golpe no olho esquerdo.
Maciel se atracou com o ajudante e lhe tomou a arma, atingindo vários golpes nas costas, tórax, braço esquerdo e pescoço de José Simão, que morreu no local. PMs foram ao local do crime, a cerca de dez quilômetros de Açucena. O perito criminalista Matheus Sena apreendeu um canivete, junto ao corpo da vítima, liberando-o para o Instituto Médico-Legal (IML) de Ipatinga.
A equipe do sargento Silvânio entrou em contato com a Central de Operações do 14º Batalhão. Uma guarnição da PM foi ao Hospital Márcio Cunha e encontrou o acusado recebendo atendimento médico. Ele ficou sob escolta policial até o fim da manhã de sexta-feira. Quando recebeu alta, foi encaminha para a delegacia de Polícia Civil em Açucena.
Ouvido pela equipe do delegado Vítor Fernandes Matsuoka, Maciel admitiu a participação do pai dele, o lavrador José Geraldo Vieira da Silva, 46 anos. Os policiais militares já haviam levantado essa hipótese, mas ele acabou liberado em um primeiro momento. José Geraldo, ao ser levado à delegacia confessou, chorando muito, que também desferiu os golpes na vítima.
José Geraldo explicou que estava em um bar, onde foi encontrado pelo filho, relatando o ocorrido. Antes de socorrer Maciel, o lavrador foi até a praça e atingiu mais golpes no ajudante. Segundo o agente Isnaider, a motivação do crime teria surgido por ciúmes de José Simão quando Laís conversava com Maciel, fato que ainda será investigado pela Polícia Civil. Pai e filho foram encaminhados para a cadeia de Açucena.

Construção
A reportagem do DIÁRIO DO AÇO conversou com o lavrador Edmilson Rodrigues da Silva, 29, irmão de José Simão. Ele informou que a vítima trabalhava na construção de uma usina hidrelétrica na região. “Meu irmão era uma pessoa trabalhadora, não sei o que ocorreu, pois não moro lá. O único defeito dele era beber”, contou Edmilson.
O rapaz confirmou que Maciel era conhecido dele e também do irmão assassinado. “São pessoas amigas da família. Tinha uma amizade, não muito próxima, mas tinha uma amizade. Apesar de tudo, meu irmão era trabalhador e cumpria seus compromissos. Ele deixou uma filha de 14 anos, apesar de ser solteiro”, finalizou o lavrador, enquanto esperava notícias da liberação do corpo da vítima no IML.
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