23 de abril, de 2010 | 22:01

Polícia localiza arma usada em assassinato

Autor escondeu a marreta nas proximidades da sua casa, no bairro Santa Terezinha

Wellington Fred


RENATA REZENDE DELEGADA

TIMÓTEO - Já está recolhido ao presídio de Timóteo, à disposição da Justiça, o vigilante Mário Anastácio de Souza, 58, assassino confesso da esposa, a auxiliar de serviços gerais Maria Aparecida Liberato Anastácio de Souza, 38. Os policiais civis localizaram na noite de quinta-feira (23) a arma usada para matar a vítima, uma pequena marreta. Ele alegou que teria sido traído pela esposa, além de desavenças familiares.
A delegada Renata Rezende disse ao DIÁRIO DO AÇO que o acusado tentou alegar que Maria Aparecida havia sofrido uma queda no banheiro e batido a cabeça no vaso sanitário da casa deles, na avenida dos Rodoviários, no bairro Santa Terezinha. Porém, o exame de necropsia realizado no IML de Ipatinga apontou outra causa de morte. A auxiliar sofreu golpes violentos na cabeça com um objeto contundente.
Mediante as contradições no seu depoimento, o vigilante acabou confessando para a delegada que realmente agrediu a esposa. “Ele negava, mas diante dos fatos resolveu confessar. Mário pegou uma marreta depois da briga e desferiu os golpes na cabeça da mulher”, explicou Renata, informando ainda que o acusado mudou a cena do crime na tentativa de enganar a polícia.
Mário lavou o chão e o lençol da cama com o objetivo de esconder o sangue, e depois de lavar a marreta a escondeu nas proximidades de casa. “Disse com detalhes, como fez, onde estava, mas negou a violência sexual. Vamos continuar a investigar sobre isso, se houve o estupro, pois o acusado alega que fez sexo com a mulher antes da agressão”, acrescentou a policial civil, que espera esclarecer a motivação do crime.
Consciência
Maria Aparecida morreu na manhã de quinta-feira no Hospital Vital Brazil, onde ficou internada após ser encontrada ferida. Ela estava lúcida e contou para a PM e uma amiga que havia sido agredida pelo marido na noite anterior, mas não viu o que teria sido usado na agressão. Horas depois, ela perdeu a consciência e morreu vítima de traumatismo cranioencefálico (TCE). O vigilante foi preso neste mesmo dia por policiais civis.
O vigilante acusado confirmou ao DIÁRIO DO AÇO que morou por cerca de cinco anos com a vítima, mas disse que a família da esposa não gostava dele. “Na família, ninguém gosta de mim. Até um irmão dele me bateu, fiz ocorrência. Conheci ela separando do outro marido dela e me tirou de uma relação de 18 anos que tinha”, lamentava Mário antes de confessar o crime.
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