22 de abril, de 2010 | 22:24
Vigilante mata mulher com golpes de marreta
Autor limpou a casa depois de agredir a vítima de homicídio
TIMÓTEO - Ciúme por causa de uma suspeita de traição pode ter levado o vigilante Mário Anastácio de Souza, 58, a matar a sua esposa com golpes de marreta. A auxiliar de serviços gerais Maria Aparecida Liberato Anastácio de Souza, que iria completar 39 anos neste sábado (24), morreu horas depois no Hospital Vital Brazil, na manhã de quinta-feira. Ela estava lúcida ao ser encontrada e contou a agressão para a polícia e amigos.
O crime aconteceu na residência do casal localizada na avenida dos Rodoviários, 811, no bairro Santa Terezinha, no fim da noite de quarta-feira (21). O cabo Ivanildo e o cabo Dias foram acionados pela 85ª Companhia Especial da PM após o motorista de uma ambulância da cidade relatar para a polícia que uma mulher havia sido agredida pelo marido.
Os policiais foram informados de que Mário ligou para uma amiga do casal informando que Maria precisava de ajuda. Esta testemunha presenciou o autor fugir assim que ela chegou. A vítima nos disse, bastante lúcida, que ele a acusou de lhe ter traído e, após a discussão, Mário tentou lhe agarrar,” disse o cabo Ivanildo.
Mesmo lúcida, a vítima não soube informar qual era o objeto usado para agredi-la. Horas depois, Maria Aparecida perdeu a consciência e morreu vítima de traumatismo cranioencefálico (TCE). O corpo foi encaminhado para o IML de Ipatinga quando ficou comprovado que ela sofreu lesão na cabeça por agressão de objeto contundente.
O caso foi repassado pela Polícia Militar inicialmente como uma lesão corporal, porque a vítima estava consciente e aparentemente bem de saúde. Nunca vi isso em mais de 20 anos de polícia. Me surpreendeu ela ter morrido”, comentou o cabo Ivanildo ao DIÁRIO DO AÇO, logo após prestar depoimento na delegacia de Timóteo.
Assim que receberam a ocorrência e foram informados de que a mulher havia morrido no hospital, os agentes Rodrigo e João Bosco, sob a orientação da delegada Renata Rezende, conseguiram localizar Mário Anastácio. Na delegacia, o acusado negou a autoria do crime. Ela escorregou no banheiro e bateu a cabeça no chão. Não fiz nada disso”, tentava se defender.
Traição
O vigilante alegou que estava morando com Maria Aparecida há cinco anos. O casal não tinha filhos e, segundo ele, neste tempo a mulher teria lhe traído. Ela arruinou meu casamento de 18 anos. Casei com ela depois, mas ela me traiu. Não fiz nada com ela à força e nem a agredi. A família dela é que está querendo me prejudicar”, dizia antes de prestar depoimento.
A história de Mário não se sustentou muito tempo. No fim da tarde de quinta-feira, ao conversar com a delegada Renata, que lhe informou sobre as contradições e o resultado preliminar no exame do IML, o vigilante resolveu abrir o jogo. Ele confessou que bateu na mulher usando uma marreta e que limpou a casa depois de agredir a vítima violentamente. O acusado foi autuado em flagrante e recolhido ao presídio de Timóteo.
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