03 de abril, de 2010 | 21:01

Assassinado por causa de uma dívida de R$ 30

Assassino capinou lote da vítima e ficou de receber o pagamento em duas vezes

IPATINGA - O motorista Arlem Pontes de Oliveira, 34, foi assassinado na noite de quinta-feira (1º) com uma facada dentro de casa, na rua F, no Residencial Porto Seguro, em Caratinga, por causa de uma dívida de R$ 30. O acusado pelo crime, André Luiz dos Reis, 27, acabou preso em flagrante por policiais militares. O assassino teria capinado um lote a pedido da vítima, que ficou de pagar o restante do combinado na próxima semana.
De acordo com dados apurados pela Polícia Militar, o acusado capinou o quintal da vítima por R$ 50 na última terça-feira. Arlem pagou ao rapaz R$ 20, e o restante seria pago na próxima quinta-feira. Por motivos desconhecidos, André invadiu a casa da vítima armado com uma peixeira e a surpreendeu por volta das 19h30, quando o motorista estava no sofá da sala com o filho de dois anos de idade.
Mesmo ferido com um corte profundo no lado direito do peito, Arlem reagiu e conseguiu tomar a faca das mãos de André. O agressor acabou fugindo, enquanto a vítima caminhou alguns metros e caiu no chão, já sem forças devido à hemorragia provocada pelo ferimento. Populares socorreram o motorista, encaminhando-o para o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, mas ele chegou sem vida ao local.

Policiais militares de Ipatinga deram apoio na prisão de André, localizado em casa após se refugiar em um matagal. “Ele saiu frio do banheiro, como se nada tivesse feito”, lembrou o sargento Leonard, da Polícia Militar, um dos policiais que trabalhou na captura do acusado, que foi encaminhado para a 2ª Delegacia Regional da Polícia Civil, em Caratinga, e autuado em flagrante.

Família
O corpo de Arlem foi velado na capela central do Cemitério Parque Senhora da Paz, no bairro Veneza II. O enterro ocorreu no fim da tarde de sexta-feira, no mesmo cemitério. O aposentado César da Fonseca Oliveira, 65, além do motorista, tem um outro filho mais novo. “Perdi 50% da minha família. A pessoa invade sua casa, que ele nem conhecia direito e o mata”, lamentou.
O aposentado lembra que o filho atravessava uma boa fase na vida, me ligava quase diariamente. “No dia do ocorrido, acho que eu não soube entendê-lo, porque me ligou umas cinco vezes. Acho que ele estava premeditando alguma coisa de ruim que lhe aconteceria”, acredita César, informando que Arlem, além do filho, deixou uma garota de dez anos de seus dois relacionamentos.