04 de fevereiro, de 2010 | 22:03
João Caboclo” escapa de júri já pela terceira vez
TIMÓTEO - O ex-prefeito de Tarumirim João Correia da Silveira, 53, sentou-se na tarde de quinta-feira (4) no banco dos réus, mas, como nas outras duas vezes, ele não foi julgado por ser o mandante do assassinato do aposentado Oliveira de Paula, 55, ocorrido em outubro de 2006. O advogado de defesa, Jayme Rezende, não apareceu para a sessão do Tribunal do Júri.
O julgamento estava previsto para ocorrer às 13 horas. Caboclo compareceu e chegou a sentar no banco dos réus, aguardando o início do julgamento, mas o juiz Ronaldo Batista de Almeida teve que cancelar a sessão. Logo após abrir os trabalhos, verificou-se a ausência do advogado do réu e o juiz encerrou os trabalhos sem definir uma outra data para um novo julgamento.
A acusação seria feita pelo promotor Francisco de Assis Santiago, que veio de Belo Horizonte designado pelo Ministério Público para trabalhar no julgamento. O DIÁRIO DO AÇO procurou informações sobre a ausência de Rezende, mas os servidores do Fórum alegaram que não houve qualquer comunicação à Vara Criminal da Comarca sobre o assunto.
O advogado foi procurado em seu escritório, mas não foi encontrado. A reportagem deixou recado para que Jaime Rezende retornasse a ligação mais tarde, mas até o início da noite nenhum contato foi feito. É a segunda vez que o defensor deixa de comparecer. No dia 16 de abril de 2008, ele alegou problemas de saúde para não participar do julgamento.
O promotor Francisco de Assis comentou com a imprensa que acredita na condenação de João Caboclo e afirmou que deverá entrar em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pedindo uma punição ao advogado Jayme Rezende. Os familiares de Oliveira ficaram revoltados.
Condenação
Em 27 de março do ano passado, a Justiça condenou o vaqueiro Adriano Rodrigues Miranda, o Pitbull”, 25, a uma pena de 24 anos e dez meses de prisão, por matar Oliveira, a mando do ex-prefeito. Além do homicídio, o acusado foi condenado por sequestrar e roubar uma pessoa após o assassinato, durante a fuga.
A morte do aposentado Oliveira teria como motivação uma dívida de gado que ele tinha com o ex-prefeito. A vítima morreu na varanda de casa, na rua Marliéria, no Centro-Sul de Timóteo, no dia 7 de outubro de 2006. O pistoleiro Adriano afirmou, em depoimento, que cobrava R$ 5 mil em troca de cada uma das mortes, sendo que R$ 2 mil eram pagos antecipadamente e o restante no fim do serviço”.
Facadas
Nesta sexta-feira, o Tribunal do Júri fará o último julgamento da agenda na Vara Criminal. Trata-se da acusação de homicídio de Aglaup Juliana Silveira Oliveira. Aglaup é acusada de matar Gilmar Silveira de Souza, 46. Ele morreu vitimado por facadas no dia 23 de agosto do ano passado, após um encontro regado a consumo de crack na Chácara Gonzaga, na região do Limoeiro Velho, em Timóteo. A defesa da acusada será feita pelo advogado Jacy de Paula.
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