
01 de fevereiro, de 2010 | 12:35
Adolescente é executado a tiros em plena Feira de Artesanato
Arma usada no crime foi um revólver Smith & Wesson calibre 32, apreendido pela polícia na casa de dois suspeitos
DA REDAÇÃO A execução com cinco tiros do estudante Felipe Gomes de Carvalho, 17 anos, por volta de meio dia deste domingo (31) na Avenida Afonso Pena com Rua da Bahia, início da Feira de Arte e Artesanato, no Centro de Belo Horizonte, provocou pânico e correria no local. O crime, que teria sido motivado por vingança, revoltou familiares da vítima. Dois suspeitos foram presos, mas o suposto assassino, um rapaz de 21 anos, continua foragido.
O estudante Felipe Gomes de Carvalho, 17 anos, chegou a ser levado para o bloco cirúrgico do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), onde morreu. No hospital, o segurança Sérgio Leonardo Gomes Carvalho, 41 anos, pai da vítima, e vários familiares estavam inconsoláveis. Revoltados, eles acusaram Wesley Jerônimo Pedro, 21 anos, como o suposto assassino. A informação foi confirmada pela Polícia Militar.
De acordo com cabo Ediney Soares, da 23ª Companhia ddo 16º BPM, Rodrigo Vieira Machado e Paulo Roberto Ferreira, ambos de 21 anos, suspeitos de darem fuga ao assassino em um Uno vermelho, foram presos em uma casa na Rua Alegre, Bairro Boa Vista, em Belo Horizonte.
Ao perceber a chegada dos militares, Wesley fugiu pelo quintal. A arma que teria sido usada no crime, um revólver Smith & Wesson calibre 32, número de série 477597, foi apreendida.
Na sede da 123ª Cia da PM, ainda assustado, o adolescente W.M.C., 16 anos, contou que ele também estaria jurado de morte por Wesley. O motivo seria uma briga ocorrida há pelo menos seis meses em Entre Rios de Minas. Na ocasião, após uma confusão, ele teria jurado que mataria todo mundo”. Todos são moradores do bairro Jardim Canadá, em Nova Lima (RMBH).
O adolescente contou que ele e o primo vinham a Belo Horizonte fazer compras na Feira de Arte e Artesanato. Ele disse que estavam em uma van, quando Wesley entrou e não falou nada. Quando chegamos em Belo Horizonte, ele pegou um revólver e ameaçou o motorista, dizendo que não tinha nada contra ele, mas que era para ele obedecer. Quando o carro chegou no Centro, ele segurava a arma dentro de um bolsa e mandou o motorista parar. Eu sai correndo, mas o Felipe ficou e levou os tiros”, contou, assustado. Ele queria me matar também, mas consegui fugir”.
O outro primo da vítima, C.M.D., 17 anos, disse que Felipe e ele decidiram vir à feira para comprar roupas novas para o casamento de outro primo, identificado apenas como Nathan”, marcado para o próximo dia 6.
A gente vinha junto, mas, como o ônibus passou, eu acabei vindo na frente. O Felipe e os outros vinham numa van, logo atrás. Quando chegou aqui em Belo Horizonte, a van foi para o centro e, logo depois, eu recebi um telefonema de que o Felipe havia sido baleado”, disse.
Uma garçonete que trabalha em um restaurante bem próximo do local do crime disse que havia muita gente na hora dos disparos. Quando ouvi os tiros, só vi as pessoas correndo e gritando". Da mesma forma, Carlo Pereira, 43 anos, contou que estava tomando uma cerveja na feira, quando ouviu os tiros. Vi uma maré de gente correndo e gritando. Nunca tinha visto nada assim”.
No local, o sargento Orlando Júnior, do Tático Móvel, disse que Felipe estaria envolvido no assassinato de um amigo de Wesley, ocorrido no Bairro Jardim Canadá. O militar não soube dar maiores detalhes. Familiares de Felipe negaram essa versão de forma veemente. Ele foi assassinado de graça”, disse Geovani Machado, tio da vítima. (Carlos Calaes / Jornal hoje em Dia)
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