12 de janeiro, de 2010 | 21:39
João Caboclo” enfrentará o Tribunal do Júri em Timóteo
Ex-prefeito de Tarumirim, João Correia da Silveira, 53, será julgado no dia 4 de fevereiro
TIMÓTEO - O Tribunal do Júri da Comarca de Timóteo vai iniciar os trabalhos no próximo mês com cinco julgamentos. O caso de maior repercussão será o do ex-prefeito de Tarumirim, João Correia da Silveira, 53, conhecido também como João Caboclo”, que será julgado no dia 4 de fevereiro. Ele é acusado de mandar matar o aposentado Oliveira de Paula, 55, em outubro de 2006, no Centro-Sul, em Timóteo.
O Conselho de Sentença será presidido pelo juiz Ronaldo Batista de Almeida, titular da Vara Criminal. Em 27 de março do ano passado, a Justiça condenou o vaqueiro Adriano Rodrigues Miranda, o Pitbull”, 25, a uma pena de 24 anos e dez meses de prisão, por matar Oliveira a mando do ex-prefeito. Além do homicídio, o acusado recebeu penas por sequestrar e roubar uma pessoa após o assassinato, durante a fuga.
Adriano Pitbull” responde ainda por outros crimes, como a morte de Jânio Neves Campos, ocorrida em Bugre, em 2006. Na época, a Polícia Civil de Timóteo, apurou que as execuções seriam planejadas por João Caboclo” a partir de um esquema: o Telemorte”. Pelo telefone, o ex-prefeito ordenava a morte dos seus desafetos, crimes que seriam praticados por Adriano.
A morte do aposentado Oliveira teria como motivação uma dívida de gado que ele tinha com o ex-prefeito. A vítima morreu na varanda de sua casa, na rua Marliéria, no Centro-Sul de Timóteo, no dia 7 de Outubro de 2006. O pistoleiro Adriano afirmou, em depoimento, que cobrava R$ 5 mil em troca de cada uma das mortes, sendo que R$ 2 mil eram pagos antecipadamente e o restante no fim do serviço”.
Adiamento
Por duas vezes João Caboclo teve o seu julgamento adiado pelo Tribunal do Júri. Em 6 de novembro de 2007, o ex-prefeito chegou a comparecer à sessão marcada, porém o seu advogado não compareceu e apresentou posteriormente um atestado médico. No dia 16 de abril de 2008, novamente o defensor do réu não compareceu, novamente alegando problemas de saúde.
Em 10 de setembro de 2007, o pistoleiro utilizado por João Caboclo por pouco não foi morto em Governador Valadares. O vaqueiro foi atingido por cinco tiros, disparados pelo cabo PM Marcos Almeida Araújo, 36. Internado, Adriano confessou ter recebido uma encomenda no valor de R$ 60 mil para executar o delegado Lemos e o deputado estadual Durval Ângelo (PT), integrante da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
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