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11 de julho, de 2009 | 00:00

Justiça portuguesa condena fabricianense


A família de Wellington espera que ele possa cumprir sua pena no Brasil
DA REDAÇÃO - O garçom fabricianense Wellington Rodrigues Nazaré, 24, foi condenado na quinta-feira (9), pela Justiça portuguesa, a 11 anos de prisão. Ele é acusado e sobrevivente de um assalto com reféns ao Banco do Espírito Santo (BES), agência de Campolide, em Lisboa, ocorrido em agosto do ano passado. Um outro mineiro, que seria seu cúmplice, foi morto por atiradores de elite da polícia de Portugal.Na prática, Wellington só poderá sair da cadeia em 2013, quando cumprir a metade da pena. Segundo os jornais portugueses, ele só terá direito a liberdade condicional ao fim de quatro anos e meio, descontado quase um ano que já cumpriu em prisão preventiva. Porém, o Tribunal de Execução de Penas pode decidir que Wellington só terá direito a requerer a condicional depois de cumprir dois terços da pena (sete anos), saindo em 2016.Depois de cumprir a pena, Wellington será expulso de Portugal e ficará proibido o seu retorno àquele país. O fabricianense terá ainda que pagar uma indenização ao BES de 15 mil euros, e 10 mil euros a cada um dos dois gerentes, Ana Antunes e Vasco Mendes, feitos reféns durante o assalto malsucedido.Juiz implacávelA sentença foi proferida pelo juiz Sérgio Gorvacho, que se revelou mais implacável do que o próprio Ministério Público. A acusação havia pedido uma condenação por roubo na forma tentada - punível com pena de seis meses a dez anos de prisão -, mas o juiz considerou que se configurou um roubo qualificado, cuja pena poderia chegar a 15 anos de prisão. Wellington acompanhou a leitura da sentença de cabeça baixa, sem olhar uma vez sequer para o juiz.O advogado de Wellington, João Martins Leitão, mostrou-se conformado com a decisão, alegando que seu cliente poderia receber até uma pena máxima, devido à pressão da opinião pública pela sua condenação. Ele ainda não decidiu se vai recorrer da condenação. “Ainda não conheço a fundamentação da decisão”, justificou.Em Coronel Fabriciano, os familiares de Wellington esperam que ele possa ser extraditado para o Brasil e cumprir sua pena em alguma prisão de Minas Gerais, de preferência mais perto de casa. Os pais do acusado pelo assalto ao banco português moram no bairro Caladinho de Cima, em Coronel Fabriciano.Toda a família de Wellington e seus amigos em Fabriciano vêm acompanhando sua sina pela internet. Na época, sua prisão pegou a todos de surpresa, pois consideram que o garçom é uma pessoa de boa índole.
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