09 de julho, de 2009 | 00:00

Suposta bala perdida mata estudante de 16

Um mistério registrado pela Polícia Militar intriga os familiares do estudante Marcos Vinícius Gonçalves Souza, de 16 anos. Na noite de segunda-feira (6/7), o adolescente morreu após ser baleado na cabeça. Amigos que estavam com a vítima numa praça na avenida Marechal Cândido Rondon com a rua Novo Hamburgo, no bairro Veneza I, disseram que uma bala perdida acertou o estudante.

O garoto, conhecido como Marquinhos Burn, estava conversando com colegas, sentado na praça. Eles só viram o momento em que Marcos caiu com um ferimento na cabeça, após o som de tiros. Uma unidade do Samu encaminhou a vítima para o Hospital Márcio Cunha, onde os médicos apontaram que o adolescente já estava em morte cerebral.

Ninguém soube informar o que aconteceu com Marcos Vinícius. Os policias apreenderam uma máquina fotográfica digital em poder da vítima. Pescadores que estavam no lago existente no local informaram que o barulho dos tiros veio da avenida Macapá, mas não souberam apontar quem teria efetuado os disparos.

A família foi informada da situação crítica do garoto e autorizaram a retirada dos órgãos para transplantes, porém o adolescente sofreu parada cardiorrespiratória, impossibilitando a remoção. O enterro ocorreu no fim da tarde de ontem, no Cemitério Parque Senhora da Paz, em meio a muita tristeza e revolta.

O DIÁRIO DO AÇO esteve na casa da vítima, na rua Niterói, 540, no bairro Veneza II. Os familiares estavam sem saber o que poderia ter ocorrido com o rapaz. “Veja aí, pela casa, os quadros que meu irmão pintou, as colagens e as fotografias que ele adorava tirar e retocar no photoshop” (programa de computador), comentou Juliana Gonçalves Souza, 20.
Álbum pessoal
Marquinhos Burn conversava com colegas, sentado em uma praça, no bairro Veneza, quando morreu atingido por bala na cabeça; Investigação apontou homicídioMarquinhos Burn conversava com colegas, sentado em uma praça, no bairro Veneza, quando morreu atingido por bala na cabeça; Investigação apontou homicídio

Dúvidas

Além do jovem, Juliana tem mais um irmão e todos na casa queriam saber o motivo do crime. “Conversei com ele pela manhã, para ir para escola. Ele perdeu o ônibus e depois não mais conversei. Quando cheguei do trabalho, senti uma coisa esquisita, uma dor”, revelou Juliana, alegando que o irmão não tinha inimizades ou problema com qualquer pessoa.

Marquinhos Burn, apelido usado nas comunidades da internet, estudava na 3ª série do ensino fundamental na Escola Estadual João XXIII, no bairro Iguaçu. O rapaz saiu de casa na parte da tarde para tirar fotos no Parque Ipanema, e ao voltar para casa aconteceu o crime. “Não acredito que a polícia consiga apurar isso. Só Deus para revelar quem fez isso”, desabafou a irmã do estudante.
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