17 de junho, de 2009 | 00:00

Garota assassinada a tiro no estacionamento do Ipatingão

Wellington Fred


Revoltado, Geneci espera que a polícia prenda os assassinos da filha Rayssa (detalhe)
IPATINGA - A menos de um mês de completar 13 anos de idade, Rayssa Oliveira Macedo foi assassinada no fim da noite de anteontem com um tiro no peito. Suspeita de se envolver com o tráfico de drogas, a adolescente foi morta no estacionamento do estádio Ipatingão, no Parque Ipanema, onde ocorre tradicionalmente, às segundas e quintas-feiras, a feira livre dos produtores rurais. A PM deteve uma pessoa suspeita de envolvimento no crime.Já passava das 23h de segunda-feira quando ocorreu o assassinato de Rayssa, perto do fechamento das barracas que servem bebidas e lanches na feira do Ipatingão. Os autores do crime seriam três homens que estavam em um Fiat Tipo de cor escura e que fugiram logo depois que a vítima foi baleada no peito. Uma unidade do Samu compareceu ao local, mas a garota já estava sem vida.A perita criminal Laudiene constatou uma perfuração no tórax, lado esquerdo do corpo da jovem, que foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Ipatinga. O enterro ocorreu no fim da tarde de ontem, no Cemitério Parque Senhora da Paz, no bairro Veneza II.Os familiares de Rayssa não souberam informar o que teria motivado o seu brutal assassinato. O pai da garota, o ajudante Antônio Geneci Macedo, 43, contou que viu a filha na avenida Macapá, no bairro Veneza, na mesma noite do crime. “Falei com ela para ir embora, pois tinha comprado marmitex para a gente comer”, lembrou Geneci, emocionado, em entrevista ao DIÁRIO DO AÇO.MáquinaGeneci acrescentou que uma mulher esteve procurando por sua filha, em casa, na noite do crime. “Parece que uma colega dela comprou uma máquina digital fotográfica furtada e a minha filha levou a culpa. Essa pessoa [dona da máquina] esteve aqui em casa e disse que não faria nada, mas que tinha alguém para resolver o problema”, denunciou o pai da adolescente.O ajudante, que trabalha recolhendo material reciclável para manter a família, disse que sempre avisava à sua caçula para não frequentar a feira do Ipatingão. “Era costume dela ir lá, mas eu sempre falava que era perigoso. A PM já a trouxe uma vez aqui em casa”, contou Antônio Geneci, que tem outras duas filhas.Para o ajudante, a filha era “quase uma criança”. Ele não conteve a emoção ao falar sobre o crime. “Pagava qualquer preço para essa pessoa não fazer isso com minha filha. Eu acredito muito na polícia, que vai conseguir desvendar isso e dar uma boa notícia para a sociedade, deixando a gente satisfeito. Hoje, faz com minha filha, amanhã, faz com outra pessoa. Mas eu espero que essa pessoa pague por isso”, afirmou, chorando.
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