15 de maio, de 2009 | 00:00

Assassino de ‘Merendão’ se apresenta à polícia

Wellington Fred


Walace se apresentou à Polícia Civil e alegou que não teve a intenção de matar “Merendão”
IPATINGA - O ajudante Walace de Jesus Gerônimo, 24, apresentou-se na tarde de ontem ao delegado de Homicídios de Ipatinga, Reinaldo Lima, acompanhado do seu advogado, para dar sua versão sobre o assassinato do soldador Cláudio Almeira Sabino, 35, o “Merendão”, ocorrido na noite do último domingo, no bairro Planalto.Walace alegou que, apesar de ter dado duas facadas em “Merendão”, não tinha a intenção de assassiná-lo, mas apenas de reprimir sua intervenção numa discussão com outra pessoa.O depoimento de Walace no cartório da Delegacia Adjunta de Crimes contra a Vida (DACcV) foi acompanhado por seu pai e pelo advogado Eliseu Borges Brasil. Nervoso e demonstrando arrependimento, ele disse que a faca usada no crime foi encontrada próximo ao campo de futebol do bairro Planalto. “Era uma faca destas de serra, de cortar pão, pequena”, afirmou o acusado, que não entregou a arma à polícia.Na noite do crime, Walace disse que estava nas proximidades de uma padaria quando entrou em discussão com uma outra pessoa. “O ‘Merendão’ entrou no meio, pulou em cima de mim. Tentei falar com ele antes, mas me xingou de ‘vacilão’ e outras coisas. Depois, subiu em um banco e pulou sobre mim, para me agredir novamente”, contou Walace. Ele argumentou ainda que, quando tirava a faca e jogava os braços para se defender dos socos de “Merendão”, acabou atingindo-o duas vezes.ArrependimentoChorando, o ajudante disse que está arrependido de ter matado o soldador e mandou um recado para a família da vítima. “Não queria matá-lo. Também estou sofrendo, era muito amigo do irmão dele. Hoje, ele (irmão da vítima) até teria falado de justiça. Estou arrependido, não queria fazer isso. Foi um momento de doideira de nós dois”, finalizou Walace.Após o depoimento ao delegado Reinaldo Lima, o acusado foi liberado. Seu advogado informou ao DIÁRIO DO AÇO que ele não teve intenção de praticar o crime. “Não houve dolo, vontade. É um quadro de uso de bebida alcoólica, misturado com uso de drogas. Infelizmente, todos os dois eram usuários de drogas. Inclusive, aconselho ao Walace a procurar um tratamento”, afirmou Eliseu Brasil.
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