03 de maio, de 2009 | 00:00

Garoto de 16 anos morre com um tiro nas costas

Wellington Fred/Reprodução


Rosângela chora ao falar do filho Rogério (detalhe), assassinado no bairro Iguaçu
IPATINGA – Um clima de revolta por parte de familiares marcou, na tarde de sexta-feira, o sepultamento do corpo de Rogério Caetano Gonçalves, o “Rogerinho”, 16. O adolescente foi assassinado na madrugada do mesmo dia, no início do feriado.“Rogerinho”, que tinha diversas passagens pela polícia, foi morto com um tiro nas costas, na escadaria que liga as ruas Arariboia e Bora, no bairro Iguaçu, em Ipatinga. Um suspeito chegou a ser localizado, porém o caso ainda está em investigação.Populares encontraram o corpo de “Rogerinho” caído na escadaria e acionaram o resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os socorristas constataram que ele estava morto já havia algumas horas. Os peritos Luiz Carlos e Izaque Vasconcelos encontraram no local um projétil de calibre não informado.O sargento PM Edvaldo, que atendeu a ocorrência, informou que “Rogerinho” brigou com dois rapazes um dia antes do crime, na quinta-feira. “Estamos procurando essas pessoas, mas o certo é que o menor tinha pelo menos 23 passagens por diversos crimes”, informou o primeiro policial militar a chegar ao local do crime.A PM chegou a deter um suspeito, que teria ameaçado o adolescente por causa do furto de um telefone celular, mas não se confirmou nada que o incriminasse e ele foi liberado pouco depois.BrigaOs outros dois suspeitos que teriam brigado com “Rogerinho” foram identificados pela PM como “Bibi” e “Bugrinho”. O primeiro foi localizado no fim da tarde de sexta-feira, na rua Cravo, no bairro Bom Jardim, e foi ouvido na 1ª Delegacia Regional e liberado, mas está sendo investigado.O DIÁRIO DO AÇO conversou com os pais do “Rogerinho”. Abalados e revoltados, eles exigiram que a polícia prenda o assassino. “Ele [Rogério] tinha problemas, mas não é assim que se resolvem as coisas. Por que não o mandaram para a cadeia, para ficar um tempo?”, desabafou o pedreiro Roberto Emídio Gonçalves, 48, que chegou, inclusive, a acorrentar o filho em casa para evitar que ele saísse.A dona de casa Rosângela Caetana, 45, que tem outros seis filhos – “Rogerinho” era o caçula dos homens – não se conforma. “Meu Deus, já tinha arrumado uma clínica para ele tentar largar o vício da pedra (crack). Interromperam a ajuda que consegui para o meu filho. É uma dor muito grande, que não acaba”, falou ao lado de uma das filhas.
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