30 de abril, de 2009 | 00:00

Policiais têm aula de direitos humanos

Coronel da PM admite que não dá para diferenciar cidadãos de bem dos marginais

Wellington Fred


O coronel Xavier é considerado uma das maiores autoridades no país em direitos humanos
IPATINGA - O auditório do colégio Assedipa, no Centro de Ipatinga, ficou completamente lotado, na manhã de anteontem, para receber o coronel Fábio Xavier, responsável pelo ensino e formação dos novos policiais militares do Estado. O oficial atendeu à imprensa pouco antes da palestra, ressaltando que os “direitos humanos devem fazer parte do cotidiano do ensino da PM”.Fábio Xavier é considerado, em Minas Gerais, uma das maiores autoridades na área de direitos humanos, com vários cursos no Brasil e no exterior. O oficial veio ao Vale do Aço para fazer uma “supervisão” na Companhia Escola do 14º Batalhão de Ipatinga, e antes proferiu uma palestra para soldados-alunos e policiais da ativa, a pedido do comandante, tenente-coronel Alfredo Ramalho.DiferençaEm relação a algumas críticas sobre as abordagens policiais, o oficial disse que não há como diferenciar um cidadão de bem de um marginal. “O conceito é que o policial não distingue o cidadão de um marginal perigoso. Pode surgir, em alguns momentos, o uso da força de maneira exacerbada, mas isso tem que ser corrigido tecnicamente”, explicou o coronel Xavier.Segundo o oficial, no dia a dia o policial tem que ser mais que um defensor dos direitos humanos. “Temos que transformá-lo num promotor desses direitos”, ressaltou. Ele rechaçou a ideia de que os novos policiais seriam melhores que os antigos, apontados como violentos. “Hoje, esta nova geração vive a violência nos videogames, noticiários, na família”, comparou.
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