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28 de abril, de 2009 | 00:00

Entregador assassinado na porta de casa

Wellington Fred/Reprodução


O entregador foi morto quando descia da moto para dar recado à esposa. Elielton (detalhe) foi abatido a tiros
IPATINGA - Uma filha de um ano e 8 meses e a mulher, de apenas 18 anos, grávida de nove meses do segundo filho. É esse o legado que deixou o entregador Elielton Sotero de Aguiar, 26, morto com 10 tiros no fim da noite de domingo no bairro Bom Jardim, em Ipatinga. Ele foi assassinado quando chegava em casa, na rua Zunia, no bairro Bom Jardim. Até o início da noite de ontem, os motivos do crime ainda eram desconhecidos pela polícia.Elielton trabalhava como entregador de um restaurante na avenida das Flores, no bairro Bom Jardim. Durante o dia, ele fazia entregas de marmitex e, à noite, de lanches e pizzas, havia pouco mais de dois anos. Segundo o proprietário do estabelecimento, Romildo Inácio Quirino, no domingo à noite o funcionário recebeu uma ligação. “Ele saiu com destino ao bairro Limoeiro, mas deve ter ido até em casa dar algum recado à sua mulher”, imagina o patrão.A parada do entregador foi fatal. Ele deixou a moto na frente de sua casa, na rua Zunia, e quando descia foi executado com vários tiros. Segundo algumas pessoas ouvidas pela Polícia Militar, duas pessoas foram vistas correndo logo após o barulho dos tiros, subindo uma escadaria. O resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e encaminhou Elielton ao Hospital Márcio Cunha, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu logo depois, por volta das 3h.O corpo do entregador foi liberado do IML na manhã de ontem e velado na capela do Cemitério Parque Senhora da Paz, no bairro Veneza II, onde ocorreu o sepultamento no fim da tarde. Elielton era casado com Jéssica Alves da Silva Martinez, 18, com quem já teve uma filha e está grávida de outro bebê.Carinhoso“Não sei de nada. Ele era muito carinhoso comigo, sempre me chamava para sair”, disse a jovem viúva, que demonstrou descrédito na “justiça dos homens”. Ela disse que o marido era uma pessoa trabalhadora e que, até onde sabia, seu único envolvimento com a polícia foi uma detenção por uso de drogas.Nenhum objeto de valor foi levado da vítima, o que, para a polícia, poderia descartar uma hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo o proprietário do restaurante, Elielton era um bom funcionário. “Ele sempre comentava quando havia algo errado. Nos últimos dias, ele não contou nenhum problema pra gente”, lembrou Romildo, que chegou a ir até ao local do crime após ser avisado e viu o Samu levando o entregador inconsciente e mortalmente ferido.JÉSSICA ALVES, VIÚVA“Cheguei à janela e ele já estava caído”Você chegou a escutar os tiros?Escutei os disparos. Quando cheguei à janela, ele já estava caído no chão.Viu alguém correndo?Não vi ninguém.Elielton estava sendo ameaçado por alguém?Que eu creio, não existe isso. Ele não falou nada comigo, e sempre falava quando acontecia algo na rua.Por que seu marido, em vez de fazer a entrega, foi até a sua casa?Eu acredito que ele veio em casa para me dar algum recado. Pedi para comprar fralda, e chegou certa hora, ele deve ter vindo falar que a farmácia estava fechada.
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