19 de abril, de 2009 | 00:00
Assassino de Belo Oriente é preso no Rio Grande do Sul
IPATINGA - Quase 20 anos depois, um homem acusado de um homicídio em Belo Oriente foi localizado e preso no Rio Grande do Sul. Trata-se do mecânico Iron César de Oliveira, 43, acusado de matar a tiro seu colega de profissão Antônio Marciano Coelho, em outubro de 1989. Ele estava vivendo em Santa Maria, cidade distante 314 quilômetros de Porto Alegre, no interior do Rio Grande do Sul. A Justiça da Comarca de Açucena aguarda o recambiamento do homicida.De acordo com o jornal Diário de Santa Maria”, o fugitivo trabalhava em uma oficina na Vila Lorenzi, naquela cidade gaúcha. Ele foi localizado após uma denúncia repassada para a Delegacia de Furtos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) da polícia local. O delegado Vladimir Urach contou que sua equipe pensava que o fugitivo usava nome falso, mas ele vivia tranquilamente com sua identidade verdadeira.Os agentes da Polícia Civil gaúcha abordaram Iron e, quando verificaram no sistema integrado de segurança pública, descobriram um mandado de prisão expedido contra o mecânico. Ele chegou a ser preso por receptação em 2006, em Cachoeira do Sul (RS), mas na época os bancos de dados das polícias não eram interligados. Mesmo foragido, ele levava uma vida normal aqui na cidade”, disse um dos investigadores.CiúmesIron César está preso na cadeia de Santa Maria, à espera da transferência para Açucena, onde será julgado pelo crime de 1989. O advogado dele, Rogério Castro, disse que vai entrar com um pedido de liberdade provisória, alegando que o crime pelo qual seu cliente responde prescreverá em outubro próximo, se não for julgado até lá.O defensor alega, ainda, que Castro agiu em legítima defesa quando assassinou Antônio Marciano em Belo Oriente, no dia 4 de outubro de 1989. Logo depois do assassinato, motivado por ciúmes, o mecânico teria fugido de Belo Oriente. Em 1994, teria sido expedido o primeiro mandado contra ele. As ordens para prendê-lo preventivamente foram renovadas nos anos seguintes. Oliveira só não foi a júri pela Justiça da Comarca de Açucena porque nunca mais foi encontrado.PistasOs agentes de polícia Januário e Maureni, da equipe do delegado Elder Chantal de Almeida, de Açucena, ajudaram na localização e identificação de Iron César. Eles levantaram algumas informações e as repassaram para a polícia gaúcha. Recebemos informações de que ele estaria no interior do Rio Grande do Sul. Diante disso, passamos a procurar suas pistas”, resumiu Januário.Segundo o inquérito, o crime teria sido motivado pela suspeita de que a vítima teria algum envolvimento com a mulher de Iron. Agora, é esperar que a Polinter, em Belo Horizonte, faça o recambiamento dele para a região, para responder à Justiça pelo que fez”, informou o detetive Januário, acrescentando que esse era um dos crimes mais antigos que estavam na Delegacia de Açucena a espera de um desfecho.
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